Por Magno Martins – Pesqueira, no Agreste Setentrional, a 214 km do Recife, vive uma situação inusitada: o prefeito eleito, Cacique Marquinhos Xukuru (Republicanos), nunca tomou posse. A Prefeitura vem sendo tocada há um ano e meio pelo vice-prefeito Bal de Mimoso.
Na véspera da posse dos eleitos no pleito de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu paralisar três processos que pediam a liberação de registro de candidaturas, entre elas, a do Cacique. Ele foi condenado pela Justiça Federal pela prática de crime contra o patrimônio privado e incêndio e virou também ficha suja.
No TSE, o Cacique entrou com um recurso eleitoral para reverter a decisão. Seu julgamento foi iniciado ontem. Os ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach votaram contra a admissibilidade do recurso, porém, o julgamento acabou suspenso e será retomado nos próximos dias de forma de presencial. Os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes já se posicionaram anteriormente nos autos pelo indeferimento do recurso. Em tese, quatro ministros formam entendimento contrário ao recurso interposto, o que leva o município à uma eleição suplementar.