Pernambuco ganha semana de conscientização sobre síndrome pediátrica associada à Covid

Folha de Pernambuco

Doença atualmente também associada ao novo coronavírus, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) ganhou uma semana de conscientização em Pernambuco, a ser celebrada na semana do dia 25 de outubro, a partir do próximo ano.

A Lei Estadual nº 17.094  prevê que a sociedade civil e as entidades de classe das áreas de saúde pediátrica poderão promover campanhas, debates, seminários, palestras, distribuição de panfletos, cartilhas, cartazes educativos e demais atividades que busquem informar sobre prevenção e tratamento adequado à SIM-P.

O quadro da SIM-P está atualmente acometendo crianças e adolescentes com diagnósticos positivos para Covid-19 ou que tiveram contato com pessoas infectadas.

Em Pernambuco, segundo o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), em 31 de outubro, já foram notificadas 24 ocorrências – 22 crianças e adolescentes evoluíram para alta e dois morreram.

Dessas 24 crianças e adolescentes com casos de SIM-P confirmados, 23 tiveram resultado positivo para a Covid-19 e uma teve contato comprovado com infectados.

A notificação da síndrome foi instituída no início de agosto, e os serviços de saúde, além de atentos para ocorrência de casos novos, estão resgatando ocorrências desde o começo da pandemia. 

O projeto que originou a semana é de autoria do deputado Claudiano Martins Filho (PP). O texto foi promulgado e assinado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Eriberto Medeiros, e já está em vigor desde 29 de outubro.

SIM-P
A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica é caracterizada por febre persistente e elevada, acompanhada de um conjunto de sintomas que pode incluir hipotensão (pressão baixa ou choque), comprometimento de múltiplos órgãos e elevados marcadores inflamatórios. 

O paciente pode apresentar manifestações cardiovasculares ou gastrointestinais agudas (diarreia, vômito, dor abdominal); conjuntivite ou manifestações cutâneas; quadro inflamatório e confirmação laboratorial (técnica RT-PCR ou sorologia) ou história de contato com caso confirmado do novo coronavírus.