Opinião: Casa de Mãe Joana

Por Magno Martins – Depois que Eduardo Campos morreu, o PSB virou uma casa de Mãe Joana. Não tem mais lideranças, não tem comando, não tem rumo. Virou, um partido de compadrio. Os que não querem votar no Coronel Danulo, pré-candidato do PSB que não decola nem arrastado por guindaste, o preço é a degola.
A espada de Dâmocles foi atirada, por exemplo, nos prefeitos Zé Martins, de João Alfredo, e Juarez da Banana, de Machados, porque, desde o início do processo sucessório estadual, adotaram outro candidato ao Palácio do Campo das Princesas: Miguel Coelho, do União Brasil. Foram expulsos, com direito a defesa no diretório para inglês ver.
A Casa da Mãe é a casa também de Sileno Guedes, o pau mandado da família Campos, que preside o partido. Comanda, aliás, olhando do seu umbigo para baixo. Quem, por exemplo, apoia sua candidatura para deputado estadual passa longe de expulsão, embora estejam cometendo o mesmo pecado da traição.
Não expulsou Flávio Régis, ex-prefeito de São Vicente Férrer, nem tampouco Juliana Chaves, ex-prefeita de Feira Nova, que aderiram à candidatura de Marília Arraes, que está no jogo da sucessão de Paulo Câmara pelo Solidariedade. Por qual motivo? Ambos apoiam Sileno para deputado estadual.
É Casa de Mãe Joana ou não é?