Flamengo perde na justiça e pagará pensão a vítimas da tragédia do Ninh

Correio Braziliense

Pouco mais de um ano depois da tragédia do Ninho do Urubu, a justiça manteve a liminar obtida pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) e pelo Ministério Público estadual (MPRJ). Portanto, o Clube de Regatas do Flamengo deverá pagar a pensão provisória de R$ 10 mil mensais. Ao todo são 13 famílias que receberão o valor. 

Em dezembro de 2019, Justiça determinou que clube pagasse indenização de  R$ 10 mil mensais. No entanto, o clube carioca recorreu da decisão do MP alegando que o Ministério Público não tem “direito de entrar com ação”. O valor fixado na decisão visa a recomposição financeira das famílias.

Proferida na última sexta (10/4), a decisão da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca-RJ também determina a realização de audiência de conciliação entre as partes. Devido a pandemia do novo Coronavírus, as audiências presenciais estão suspensas. Para que todos possam comparecer, as tratativas serão retomadas após a normalização da situação do país.O clube e as famílias não entraram em acordo e trocaram farpas através da imprensa. 

“Essa decisão é extremamente importante para a manutenção financeira das famílias, ainda que de forma provisória, assim como para que, logo que encerrado o período de isolamento social, se possa retomar a negociação entre o clube e as vítimas”, destaca a coordenadora Cível da DPRJ, Cíntia Guedes.

Relembre o caso

O incêndio no Ninho do Urubu, alojamento do Flamengo, vitimou 10 pessoas e deixou três feridos entre 14 e 17 anos de idade. A tragédia começou por volta de 5h da manhã de 8 de fevereiro deste ano. Os atletas que ali estavam moravam longe de suas família e moravam nos contêineres disponibilizados pelo clube. Foi revelado que o projeto onde o alojamento se encontrava era para ser um jardim e um estacionamento.

Torcedores rubro-negros tomaram a iniciativa e fizeram varias homenagens aos garotos. Uma delas foi um memorial em grafite em um muro próximo ao Maracanã.