O site Metrópoles trouxe à tona uma das exigências do presidente Bolsonaro para ingressar no Progressistas. Ele condicionou a sua entrada ao partido a escolha de todos os candidatos ao Senado. A mesma imposição havia sido feita por Bolsonaro ao PTB.
De acordo com o Metrópoles, o ministro-chefe da Casa Civil e presidente licenciado do Progressistas, Ciro Nogueira, havia exposto a reivindicação a interlocutores do diretório estadual do PP em São Paulo. No maior estado do país Bolsonaro tem a intenção de lançar o ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas ao Senado.
Por sua vez, em Pernambuco, Bolsonaro tem interesse na candidatura do seu ministro do Turismo Gilson Machado Neto ao Senado. O presidente dificilmente abriria mão de indicar o seu pupilo e best friend (melhor amigo) ao Senado, o que vai de encontro aos interesses de Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP.
Gilson Machado Neto como candidato ao Senado pelo Progressistas impediria que a sigla caminhasse com a Frente Popular, orientação defendida pelo mandatário local do PP. Mas a ameaça à liderança de Eduardo da Fonte não estaria apenas nesta questão. O perigo consistiria principalmente em uma possibilidade de vitória de Gilson que passaria à condição de maior liderança do PP em Pernambuco. Por esta razão Da Fonte deve ser uma das principais forças de resistência ao ingresso de Bolsonaro no Progressistas.
A exigência de Bolsonaro sobre as candidaturas ao Senado tem duas justificativas. A primeira é que, sendo reeleito, o presidente tem a intenção de reforçar a sua base na Câmara Alta, onde anda sofrendo várias derrotas. A segunda é que, emplacando uma boa bancada de senadores da sua cozinha, Bolsonaro passaria a ter maior força dentro do Progressistas.