Bolsonaro será o oitavo a discursar, depois do próprio Figueiredo e de José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer. Desde Figueiredo, o único que não compareceu foi Itamar Franco.
Agenda
Bolsonaro embarcará nesta segunda-feira (23) para Nova York. Além do discurso na ONU, a agenda prevê uma reunião com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Bolsonaro afirmou para a imprensa que deve ainda participar de um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com o Palácio do Planalto, estarão na comitiva oficial da viagem a Nova York, entre outros integrantes, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Bolsonaro e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Eduardo é cotado para ser embaixador do Brasil em Washington.
Crise ambiental
A estreia de Bolsonaro na ONU gera expectativa em razão da crise diplomática e ambiental provocada pelas declarações do presidente em meio à crise com o aumento das queimadas na Amazônia.
Nos últimos meses, o presidente fez declarações críticas à Alemanha e à Noruega e chegou a trocar farpas públicas com o presidente francês, Emmanuel Macron, que deixou em aberto uma possível discussão sobre status internacional para a Amazônia.
Macron chegou a anunciar a intenção do G7, grupo que reúne as sete principais economias do mundo, de destinar ao Brasil US$ 20 milhões, mas Bolsonaro questionou a motivação do envio e afirmou que o montante era uma “esmola”.
Bolsonaro chegou a afirmar, sem apresentar provas, que organizações não-governamentais (ONGs) estariam envolvidas nas queimadas na Amazônia a fim de desgastar o governo, declaração contestada por ambientalistas.