Por Tádzio Estevam/Diário de Pernambuco – A indicação de quem deverá disputar uma vaga no Senado nas eleições deste ano pela Frente Popular deverá ficar para o dia 7 de maio, data em que o ex-presidente Lula lançará sua pré-candidatura à presidência do país. As discussões entre PSB e PT vem se arrastando há meses e já causaram diversas especulações entre parlamentares pernambucanos que aguardam entendimento entre as siglas. A Frente, liderada pelo governador Paulo Câmara demonstrou inclinação pelo deputado André de Paula (PSD), mas o PT luta pela indicação de um nome petista alegando que um representante do partido no palanque de Danilo Cabral irá compor uma chapa mais forte para vencer as eleições no dia 2 de outubro.
O presidente da Executiva Estadual do PT, deputado Doriel Barros, participou de algumas reuniões com o grupo de tática eleitoral (GTE) do PT, e as executivas nacional e estadual nesta quarta-feira (20) para tratar do imbróglio que paira nas discussões. Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com o deputado para saber o posicionamento do partido. Na semana passada, durante reunião com os postulantes a uma vaga na Casa Alta, o PT decidiu indicar o deputado Carlos Veras, em detrimento da deputada Teresa Leitão, cogitada para disputar como vice de Danilo.
Mesmo com toda a articulação feita pelo PT, o nome mais forte que deve ser anunciado pela Frente Popular é o de André de Paula (PSD). Na terça, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, esteve reunido com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e Paulo Câmara, em Brasília, para discutir a viabilidade da indicação de Paula ao Senado. Porém, os petistas começaram a se preparar para reverter a situação e desde a última segunda-feira vem se reunindo para assegurar Carlos Veras como pré-candidato ao Senado. Por sua vez, Veras disse que fará campanha independente da decisão da Frente, mas concorda que um petista no palanque dará mais peso à disputa, fazendo defesa à reivindicação do partido.
Carlos Veras ainda reforça que ter um representante do PT de Pernambuco no Senado – a exemplo de Humberto Costa que abriu mão da candidatura em prol do PT e em apoio a ele [Veras] -, recupera a confiança da população. Os postulantes aguardam um entendimento entre as legendas para facilitar a pré-campanha de Lula.