O deputado Sílvio Costa não disputará um novo mandato para a Câmara Federal, de onde prometeu que não mais sairia após sua primeira eleição em 2006. Renovou o mandato em 2010 e posteriormente em 2014. E em 2015 iniciou um processo de aproximação com a então presidente Dilma Rousseff, tendo sido inclusive no Congresso um dos seus mais aguerridos defensores no processo de impeachment, que culminou com o seu afastamento. Pela defesa que fez da então presidente, aproximou-se também do seu antecessor e agora deseja disputar um mandato majoritário em Pernambuco como “o senador de Lula”.
Ele já tem na ponta da língua o discurso que fará durante a campanha, explorando as contradições internas da Frente Popular que poderá colocar, lado a lado, como candidatos a senador, o petista Humberto Costa e o peemedebista Jarbas Vasconcelos, adversários históricos em Pernambuco. Costa só não sabe ainda por qual chapa se candidatará – se pela da vereadora Marília Arraes (?) ou pela do senador Armando Monteiro, que deverá ser candidato a governador por uma frente de oposição. No entanto, garante ter “munição suficiente” para combater eventual aliança do PT com a Frente Popular, que compara a um casamento “mal alinhavado” por pragmatismo eleitoral. (Inaldo Sampaio)