O governador da Bahia, Rui Costa (PT), respondeu o presidente Jair Bolsonaro, que neste sábado 15 responsabilizou a “PM da Bahia, do PT” pela morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto no último dia 9, na Esplanada (BA). O presidente também ironizou: “Precisa dizer mais alguma coisa?”.
“O Governo do Estado da Bahia não mantém laços de amizade nem presta homenagens a bandidos nem procurados pela Justiça. A Bahia luta contra e não vai tolerar nunca milícias nem bandidagem”‘, afirmou Rui.
Na mesma entrevista, Bolsonaro chegou a chamar Adriano de herói da Polícia Militar quando justificava uma homenagem feita ao policial, em 2005, pelo seu filho Flávio Bolsonaro. “Não tem nenhuma sentença transitada em julgado condenando capitão Adriano por nada, sem querer defendê-lo. Naquele ano ele era um herói da Polícia Militar”, afirmou o presidente.
Nóbrega é conhecido por ser suspeito de envolvimento com a milícia do “Escritório do Crime”, no Rio de Janeiro, e foi apontado pela Polícia Civil carioca como um dos suspeitos de ter participado do assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, na noite do dia 14 de março de 2018.
Os motivos do assassinato não foram esclarecidos até hoje pela Polícia, apesar da prisão de dois outros suspeitos principais, os também ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.
Adriano da Nóbrega estava foragido quando foi encontrado em seu esconderijo na manhã deste domingo. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele reagiu com tiros à presença dos policiais e acabou sendo ferido. O miliciano chegou a ser encaminhado para um hospital, mas não resistiu.