Além dos funcionários, outra preocupação da cozinheira era com os moradores do Hotel.
“Cinco pessoas moram aqui. Tem um [morador] que vive no estabelecimento há 23 anos, e completou 90 anos de vida no final de julho. Depois do anúncio de fechamento ele ficou desesperado, procurou apartamentos mas disse que nenhum tinha a cara dele. Quando eu avisei que eu ficaria com o hotel ele chorou. Miró está hospedado aqui desde o início da pandemia também”, revelou.
Mesmo triste, Rosa do Nascimento sempre teve esperança de que o estabelecimento em que cresceu vendo a mãe trabalhar como camareira teria um destino feliz.
“Eu sempre tive um fio de esperança de que ia acontecer alguma coisa boa. Foi quando seu Domingos, antigo dono, me perguntou se eu queria ficar com o hotel. Eu disse: ‘Quero!’ Quando eu contei aos funcionários foi aquele chororô, aqueles abraços porque todos pensaram que ficariam desempregados. Os meus funcionários são o meu braço forte, por isso eu faço qualquer coisa por eles”, contou.