PT e PSB geralmente marcharam juntos em eleições, quando lançaram candidaturas próprias acabaram se unindo no segundo turno em 2006 na vitória de Eduardo Campos, mas desde 2012 até 2016 os dois partidos ficaram distanciados, foram duas eleições de prefeito e uma de governador, até 2018 quando voltaram a marchar juntos na Frente Popular.
Nas eleições de 2010 quando Eduardo Campos foi reeleito, o PT emplacou Humberto Costa para o Senado, que venceria naquela ocasião a sua primeira eleição majoritária, antes entre 2007 e 2010, o PT conquistou significativo espaço na gestão do PSB. Apesar do espaço, por ocupar a prefeitura do Recife com João Paulo e depois com João da Costa e o governo federal primeiro com Lula depois com Dilma, a participação na gestão do PSB no estado nunca teve o tamanho de agora.
Além de assumir a importante secretaria de Desenvolvimento Agrário com Dilson Peixoto, o PT emplacou a presidência do IPA com Odacy Amorim e ainda conseguiu a importante secretaria de Saneamento na gestão de Geraldo Julio no Recife. Recentemente, Marilia Bezerra, esposa do ex-prefeito e atual vereador João da Costa, foi nomeada na estrutura do estado porque o PT ganhou um espaço tão grande que mal tem nomes para indicar.
Pelo espaço ofertado ao partido tanto no estado quanto na capital, é prudente acreditar que o PT não terá candidatura própria em 2020 no Recife, porque entende que não há caminho melhor para o partido do que manter-se na Frente Popular. O PT ousou ficar distante do PSB em três eleições e sofreu as consequências da decisão tomada, sofrendo três derrotas. Agora, prefere ser sócio minoritário da estrutura de poder socialista porque viu seus antigos quadros perderem aderência política e eleitoral. (Edmar Lyra)