PSB e PDT irão formalizar aliança

Com um intervalo de apenas 24 horas da entrevista do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE), na qual fez exigências à executiva nacional do partido para continuar como pré-candidato a prefeito do Recife, as principais lideranças do PSB e do PDT divulgaram a pauta da reunião que será realizada amanhã, em São Paulo.

De acordo com as assessorias dos partidos, o encontro será para formalizar uma aliança entre as duas siglas em todo o país. Estão confirmadas as presenças de Carlos Lupi e Carlos Siqueira, presidentes nacionais do PDT e do PSB, respectivamente. Além deles, também estarão presentes o ex-ministro e vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes (PDT), o presidente do PSB de São Paulo, Márcio França, e os dirigentes dos diretórios municipais de São Paulo Antonio Neto (PDT) e Eliseo Gabriel (PSB). A participação do governador Paulo Câmara (PSB) foi confirmada pela assessoria do socialista. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), não poderá comparecer em razão das comemorações do aniversário da cidade.

De acordo com nota enviada à imprensa, a aliança PSB-PDT “dará ainda mais visibilidade a ambos partidos, podendo ser decisiva para as próximas eleições municipais em todo território nacional”. Reforça, ainda, que na última eleição para o governo de São Paulo, no segundo turno, o PDT apoiou o candidato do PSB, Márcio França, acrescentando que, na capital paulista, o PSB somou 3,4 milhões de votos. O evento será no Hotel Transamérica Executive, no bairro de Itaim Bibi, às 11h.

Procurado pela reportagem, o deputado Túlio Gadêlha afirmou ter conhecimento do encontro, mas disse que não estará presente. Segundo ele, a parceria entre os dois partidos faz parte da aliança que foi discutida no ano passado que, além do PDT e PSB, também inclui o PV e a Rede. A articulação seria para formar um bloco de centro-esquerda com o olhar voltado para eleições municipais deste ano. Questionado sobre a razão do PV e Rede não aparecerem na convocação da reunião desta quinta-feira, o parlamentar reafirmou que a parceria (PSB/PDT) foi construída dentro do acordo articulado no ano passado. “Ajudei a construir essa aliança. Recife nunca fez parte desse acordo nacional. Isso foi pactuado”, assegurou.

O nome de Túlio Gadêlha foi apresentado como pré-candidato à Prefeitura do Recife pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi, com o apoio de Ciro Gomes. O deputado, no entanto, sempre ressaltou que o projeto de ter candidato na eleição municipal era do PDT e não dele. Na semana passada, durante reunião da bancada e da executiva nacional, Túlio, que trabalhava para ser indicado para líder da minoria, foi surpreendido com a eleição do deputado André Figueiredo (PDT-CE) que, de última hora, resolveu entrar na disputa. O parlamentar reagiu afirmando que não seria mais candidato em Recife. Na última segunda-feira, ele impôs exigências à direção nacional para manter o nome no páreo. (Diário de Pernambuco)