Pernambuco apresenta maior evolução na qualidade do Ensino Médio, segundo Ideb…

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A qualidade do Ensino Médio nas escolas públicas melhorou em Pernambuco, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativo a 2013, divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Ministério da Educação (MEC). O Estado avançou 12 posições no ranking e ficou em quarto lugar, empatado com Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A rede estadual alcançou nota de 3,6, frente aos 3,3 conseguidos no Ideb de 2011 e à meta estabelecida pelo Ministério da Educação, que era de 3,2. O crescimento foi de 16,1%, o que fez com que o Estado fosse a unidade federativa com a maior evolução do País.

“Em 2007, quando assumimos, Pernambuco figurava na 21ª posição no Ideb”, lembrou o governador João Lyra Neto. “Fizemos um investimento maciço em educação, com a construção e a reforma das escolas da rede estadual e o pagamento de bônus aos professores que atingissem as metas pactuadas”, completou o gestor, celebrando o resultado.

Com os índices, Pernambuco foi o único representante do Nordeste entre as dez unidades federativas com melhor Ensino Médio na rede estadual. Em todo o País, ficou atrás apenas de Goiás (3,8), São Paulo (3,7) e Rio Grande do Sul (3,7).

No Ensino Fundamental, a avaliação também mostrou avanços, embora mais tímidos. Nos anos iniciais (1º ao 5º), Pernambuco aparece com nota 4,3, um décimo acima do índice de dois anos atrás. Nas séries finais, os números passaram de 3,3 para 3,6. Em todo o Ciclo Fundamental, Minas Gerais foi o estado que obteve as melhores notas – 6,2 (anos iniciais) e 4,7 (anos finais).

O Ideb avalia a qualidade do ensino do país com base em dados sobre aprovação e desempenho escolar obtidos por meio de avaliações do MEC. Desde a criação do indicador, foram estabelecidas metas que devem ser atingidas a cada dois anos por escolas, prefeituras e governos estaduais. A nota vai em uma escala de zero a dez, e seis é o nível considerado de países desenvolvidos.

Metas nacionais

Avaliando o cenário nacional, o Ensino médio e os anos finais do Ensino fundamental (6° ao 9° ano) não conseguiram atingir a meta prevista de qualidade do ensino. Nos anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5° ano), o Ideb superou a meta em 0,3 ponto, passando de 5 para 5,2 – a meta era de 4,9.

Para os anos finais dessa etapa de ensino, o Ideb passou de 4,1, em 2011, para 4,2, em 2013. Nesse caso, a meta era 4,4. No ensino médio, a meta estabelecida era 3,9 e o Ideb atingido foi 3,7. O ensino médio foi a única das etapas que não teve crescimento no Ideb, quando comparado com a nota anterior, de 2011, que também foi 3,7.

Ensino Fundamental

Além de Minas Gerais e Pernambuco, também apresentaram melhora nas primeiras séries do Ensino Fundamental São Paulo, Paraná, Distrito Federal, Goiás, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso, Rondônia, Acre, Tocantins, Ceará, Rio de Janeiro, Roraima, Amazonas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas. Entre os que pioraram estão Maranhão e Pará. Mato Grosso do Sul, Piauí e Bahia se mantiveram estáveis.

Já nas séries finais, além de Pernambuco e Minas Gerais, Goiás, Acre, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Alagoas evoluíram. São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Maranhão tiveram estabilidade nos resultados. Houve queda em Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins, Roraima, Pará, Amapá e Sergipe.

Ensino Médio

O nível do ensino médio recuou em 15 redes estaduais. São Paulo aparece em segundo lugar – atrás de Goiás –, com 3,7 pontos, mas houve piora em relação a 2011 – quando a nota foi de 3,9. Também pioraram Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Ceará, Roraima, Tocantins, Amazonas, Amapá, Maranhão, Sergipe, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.

Entre os que melhoraram, além de Goiás e Pernambuco, constam Rio de Janeiro, Rondônia, Espírito Santo, Distrito Federal, Piauí e Paraíba. Dois Estados ficaram estagnados – Acre e Alagoas (3,3 e 2,6 pontos, respectivamente). (Folha de Pernambuco)