Paulo Câmara rebate postagem de Bolsonaro sobre 13° do Bolsa Família

Diário de Pernambuco

Na manhã desta sexta-feira (18), o governador Paulo Câmara (PSB) rebateu um vídeo publicado no Facebook do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que acusava o pernambucano de “espertalhão” e afirmava que “a desonestidade ainda persiste na política”, se referindo a ele.  

O vídeo postado pelo presidente mostra um homem na frente de um outdoor, em Toritama, Agreste do estado, com a propaganda do 13° salário do Bolsa Família, que será pago pelo Governo de Pernambuco. Na gravação, o homem acusa Paulo Câmara de “oportunista” e de “espalhar fake news”. “Cadê o símbolo do governo federal? Tu quer se aproveitar, mas não somos bestas, não. Quem deu foi o governo federal, não o estadual”, afirma, se referindo ao governador. 

Paulo Câmara, que considerou a postagem desrespeitosa por parte de Bolsonaro, afirmou que “o presidente tenta, lamentavelmente, descredenciar, valendo-se de acusações falsas” o programa 13° do Bolsa Família, cuja inciativa foi estadual.  

“Eu acho válido que ele, um crítico ferrenho do Bolsa Família, tenha resolvido, depois de nós, também pagar mais uma parcela aos beneficiários. Mas ele precisa fazer um esforço para respeitar as pessoas e a verdade dos fatos”, escreveu o governador através de suas redes sociais. “Em resumo: existem os programas estadual e federal, sendo o nosso anterior ao do presidente. Um detalhe que parece incomodá-lo, quando o mais importante deve ser assegurar o benefício a milhares de pessoas, que já aguardam ansiosas pelo pagamento”, acrescenta Paulo.  

O governador também menciona, em referência ao presidente, que a campanha eleitoral já terminou e não faz sentido “dedicar energia apenas para fabricar intrigas”. Ele lembra que o Nordeste está enfrentando “uma grave crise ambiental”, e que “seria muito mais útil ao país um posicionamento do presidente sobre este tema”.  

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), manifestou, em nota, seu apoio ao governador Paulo Câmara. Geraldo reiterou que seu companheiro de partido apresentou proposta “ainda no primeiro turno da sua campanha de reeleição e tirou o compromisso do papel ainda antes de começar o segundo mandato”.