A sucessão do prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), está pintando para ter um fato novo. Os pré-candidatos que se apresentam já são velhas caras conhecidas da política pernambucana. Embora jovens, os deputados João Campos e Marília Arraes, respectivamente do PSB e PT, nunca disputaram uma eleição majoritária, mas se apresentam amparados por velhas estruturas.
O novo ainda está por vir e atende pelo nome de Patrícia Domingos, que dirigiu a Decasp – Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos, extinta em novembro de 2018 pelo governador Paulo Câmara (PSB) quando ia fisgar peixes graúdos da política. Coordenou 15 operações, que culminaram na prisão de 49 gestores públicos e empresários, R$ 3 milhões em espécie apreendidos e R$ 10 milhões em bens bloqueados.
Só não foi à frente porque, inexplicavelmente, a Delegacia foi rifada do mapa e a Patrícia não restou outra alternativa a não ser a de requerer uma licença prêmio, não sabendo ainda onde atuar quando esgotar o prazo de seis meses. Um lote de partidos está de olho no seu potencial eleitoral. A delegada nem assumiu ainda o protagonismo de pré-candidata e já aparece bem situada nas pesquisas de intenção de voto.
Entre os partidos que tentam laçar Patrícia está o Podemos, do senador Álvaro Dias. Os entendimentos até que avançaram, mas recai sobre ela uma grande dúvida se entra de fato na política partidária oferecendo-se como alternativa à Prefeitura ou volta a exercer a sua carreira de delegada investigativa, premiada nacionalmente. (Magno Martins)