O número de municípios pernambucanos que decretaram situação de emergência devido à crise dos combustíveis passou de 100 em menos de uma semana. A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) montou um grupo de trabalho para discutir a situação nessas cidades e levar demandas para o Comitê de Gerenciamento de Crise do governo estadual. Compõem o GT as prefeitas de São Bento do Una, no Agreste, Débora Almeida; e de Surubim e vice-presidente da Amupe, Ana Célia; e o prefeito de Riacho das Almas, Mário Mota.
De acordo com a associação uma das principais ações, no momento, é atender os municípios que já decretaram estado de emergência e conseguiram as liminares de trânsito. Para tanto, os representantes reuniram-se com as distribuidoras de combustível e o sindicato destas empresas, para garantir que não faltem os serviços essenciais à população. A informação do GT é de que caminhões com combustível já foram liberados para municípios de diferentes regiões.
O MPPE também compõe o Comitê Estadual e está temeroso com a situação de restrição de direitos diante da crise, principalmente no Interior. O procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, destacou que “a questão começa a afrontar os direitos fundamentais na medida em que dificulta o acesso da população aos produtos de necessidade básica”. A instituição vem com atuação em várias esferas desde a última semana priorizando a manutenção dos direitos de consumo e cidadania. (Renata Coutinho, da Folha de Pernambuco)