Luiz Vassallo e Rafael Moraes Moura – Folha de S.Paulo
O partido Cidadania (antigo PPS), pediu ao Supremo Tribunal Federal que barre a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, à embaixada do Brasil nos Estados Unidos. O partido afirma que o ato seria ‘ flagrante nepotismo’, já que o parlamentar não seria ‘qualificado’ ao cargo. O relator da ação é o ministro Ricardo Lewandowski.
A legenda afirma que há ‘patente inexperiência e ausência de qualificação profissional para a assunção do cargo em questão’. “Antes do desafio de assumir a embaixada do Brasil, os anteriores ocupantes do cargo exerciam funções relacionadas à diplomacia há anos”.
“Feita a análise do caso em sua especificidade, vem à tona a única e real motivação que levaria a autoridade coatora a indicar o Sr. Eduardo Nantes Bolsonaro para função de tamanha importância e complexidade: a relação de consanguinidade”, diz a legenda.
Segundo a legenda, ‘sob o pretexto de “dar filé mignon ao filho”, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República confunde a res publica com a res privata, ignorando que o poder emana do povo e que a ele deve servir’.
“Trata-se de retrocesso civilizatório e institucional para o país, que retorna a práticas antigas e arduamente combatidas durante anos”, diz.