Embora o nome de nenhum aposentado pela Previdência Social tenha aparecido na lista do ministro Edson Fachin como beneficiário das propinas pagas pela Odebrecht, o atual governo, assim como seus antecessores Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio “Lula” da Silva e Dilma Rousseff, insiste que a ruína econômica do País é culpa dos segurados do INSS. Assim sendo, o presidente Michel Temer, em sua sanha de perseguir os trabalhadores vai tentar um novo estratagema, concentrando esforços para suspender o recesso de julho do Congresso Nacional para garantir a aprovação da reforma da Previdência antes da interrupção dos trabalhos parlamentares. Ele acredita que há grandes dificuldades no diálogo com os parlamentares governistas e o pânico gerado após as delações dos altos executivos da Odebrecht certamente será um óbice à tramitação da matéria, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.
ATRASO – O governo contava com a aprovação da reforma da Previdência nas duas Casas até o último dia de votações anteriores ao recesso, marcado para 17 de julho. O receio que o pacote de maldades previstas no projeto não passe pelas duas Casas antes dessa data é evidente e fez com que o presidente pensasse no acordo com líderes das bancadas aliadas para que os congressistas não tirem férias e aprovem o texto. A suspensão do recesso, que terminaria no último dia de julho, daria fôlego extra ao Governo para obter êxito, contando com a aprovação no Senado só no fim de julho.
Continua…