Por Magno Martins – O fator econômico já decidiu eleições no Brasil. Fernando Henrique Cardoso foi eleito e reeleito por causa do Plano Real. Na sua reeleição, o ex-presidente Lula foi arrastado ao fundo do poço pelo mensalão. Graças ao ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, que engavetou uma penca de pedidos de abertura de processos de impeachment, o petista salvou-se pelo congo da economia. A mesma coisa aconteceu com Dilma na sua reeleição.
Economia de vento em polpa reflete no bolso do trabalhador. Bolsonaro vive uma fase terrível do seu Governo por causa da ameaça do processo inflacionário, que traz a alta dos combustíveis, da cesta básica, dos produtos de primeira necessidade, enfim, de tudo. Corrói o poder de compra do trabalhador, gera desemprego e mexe com o humor do cidadão.
Mas em meio a um cenário tão pessimista, um alento à reeleição de Bolsonaro: O Brasil voltou a integrar o top 10 das maiores economias do mundo, posto que não ocupava desde 2020. Segundo ranking da Austin Rating, o País saiu da 13ª posição no 4º trimestre de 2021 para a 10ª em março de 2022.
O PIB (Produto Interno Bruto) nominal do Brasil chegou a US$ 1,83 trilhão no 1º trimestre deste ano. O país superou Rússia (US$ 1,83 trilhão), Coreia do Sul (US$ 1,80 trilhão) e Austrália (US$ 1,75 trilhão). Puxada pelo setor de serviços, a atividade econômica do Brasil subiu 1% no 1º trimestre de 2022 em comparação com trimestre anterior (de outubro a dezembro de 2021). Agora, a economia brasileira está no maior patamar de atividade desde o 4º trimestre de 2014, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A maior economia do mundo é a dos EUA, com PIB nominal de US$ 25,45 trilhões. Compõem o top 3 a China (US$ 19,91 trilhões) e o Japão (US$ 4,912 trilhões). A Índia ultrapassou o Reino Unido e o Canadá passou a Itália. As 15 maiores economias do mundo têm PIB nominal de US$ 78,94 trilhões, correspondendo a 76,1% de tudo o que é produzido no mundo (US$ 103,72 trilhões). O Brasil ficou em 9º entre 32 países no ranking de melhor alta do PIB no 1º trimestre de 2022 contra o último de 2021, atrás de Peru, China, Turquia e México. A economia do país cresceu mais que as de Colômbia, Alemanha, França.