Opinião: tem sido chato ser gente grande…

Tenho torcido muito para que nosso País volte a ser o que era: menos polarizado.

Onde está aquele nosso país, povoado por uma miscigenação única, povos de todas as espécies?

É preciso aprendermos a respeitar as diferenças, os resquícios de um pleito eleitoral ainda deixam marcas profundas e marcadas no íntimo do nosso povo.

O Brasil está dividido entre quem votou em Jair Bolsonaro e quem tem opiniões contrárias.
Até parece ser proibido pensar diferente de quem era Bolsonaro ou de quem apoia o PT.

O mundo resume-se a essas duas espécies?

É proibido reconhecer um acerto do governo que aí está e não ter votado nele?

É proibido reconhecer um acerto do governo da era PT sem ter votado neles?

É impossível usar da discordância sem necessariamente usar a discórdia?

Em que mundo estamos?

Ontem custei acreditar ao ler uma matéria que uma Blogueira comemorava a morte de um neto do ex-presidente Lula.

Como assim, comemorar a morte de alguém, ainda mais uma criança de 07 anos de idade, ou se fosse um idoso de 120 anos.

Para o mundo que quero descer.

Sou louco por Comunicação, é indescritível a sensação que sinto ao ver um Palestrante prendendo a atenção de uma plateia.

Um colunista que nos causa prazer em seus escritos.

Quem nunca vibrou e pediu bis ao ver comunicadores como Silvio Santos, Chacrinha, Rolando Boldrin, Serginho Groisman, Luciano Hulk, Cid Moreira, Sérgio Chapelin, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia e outros tantos?

Acredito que quem tem a vocação para comunicar tem como missão levar ao maior número de pessoas possíveis o bem viver, o esclarecimento, a educação por meio dos veículos que utiliza.

Qual será o objetivo de uma mensagem que comemora ou brinca com a morte de alguém?

Por pior que seja, tenho como filosofia que o homem só terá o direito de tirar uma vida quando esse mesmo tiver o poder de gerar uma vida.

E lá vou eu bater na mesma tecla de provocação:

Apesar de tanta tecnologia, tanta evolução no conhecimento, fomos a lua, criamos bebês de proveta, descobrimos o genoma, criamos o computador, a internet, mas levamos 2019 e sequer aprendemos a lidar com uma palavra de 04 letrinhas apenas: A-M-O-R.

Principalmente quando o alvo desse amor é o próximo.

Evoluir é o que precisamos.

É nessa hora que sou adepto irredutível do imortal e poeta mineiro, Manoel Barros quando diz:

“Sou hoje um caçador de achadouros da infância.
Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos.”

Rezemos por aqueles que ainda não acordaram para o amor.

Paguemos o mal com o bem.

Fogo se apaga com água e nunca com gasolina.

Tudo tem serventia, até que não presta serve de mal exemplo e de desafio para evangelizarmos e nos comunicarmos melhor.

Tem horas na vida que fica chato ser “gente grande”, em minha infância não lembro de comemorarmos a morte de ninguém.

Viva o amor!
Viva a misericórdia!
Viva Manoel de Barros!
Viva as crianças!
Viva Deus!

João Alfredo (PE), 02 de março de 2019
Benízio Filho – DUY