Por Wellington Ribeiro – A decisão de Marília Arraes de deixar o Partido dos Trabalhadores para encarar uma disputa ao Senado caiu como uma verdadeira bomba no meio politico, sobretudo na Frente Popular. O movimento, sem dúvida, mexeu no xadrez eleitoral. Se até uma semana atrás todos apostavam as fichas no favoritismo do candidato ao Senado a ser apresentado pela Frente Popular, agora a balança mudou e muito, ao ponto de acreditar que o PT, que tem a preferência da indicação, poder recuar do projeto e indicar o vice da chapa de Danilo Cabral.
Líder em todas as pesquisas na disputa pelo Senado, Marília, que carrega o forte e simbólico sobrenome Arraes, reúne um lastro politico/eleitoral que impõe medo aos adversários. Talvez alguns possam avaliar que Marília perde ao sair do PT, partido com o qual possui forte identidade, no entanto não custa lembrar que o mesmo falaram quando ela decidiu sair do PSB. Na época, Marília, então vereadora do Recife, bateu de frente com o governador Eduardo Campos, seu primo, no auge da sua popularidade e mesmo assim não só conseguiu sobreviver, como também cresceu ao ponto de ampliar a sua votação na reeleição em 2016 e depois despontar como quadro bastante competitivo na disputa pelo Governo do Estado em 2018, projeto que foi frustrado pelo PT.
Agora Marília, sem as amarras do PT, tem o caminho livre para disputar o Senado. Um dos partidos com quem ela tem conversado e encontrou as portas abertas foi o Solidariedade. Diante deste novo cenário qual a liderança da Frente Popular que estaria com disposição e coragem de enfrentá-la na disputa?
Com Anderson Ferreira (PL) tendo já apresentado Gilson Machado Neto como seu candidato ao Senado e Raquel Lyra (PSDB) prestes a anunciar Marília Arraes, cresce a pressão sob o pré-candidato a governador Miguel Coelho (União Brasil). O petrolinense precisa criar urgentemente um fato novo, diga-se: apresentar um bom candidato (a) ao Senado, para animar a tropa.