Opinião: O desafio dos candidatos solitários a federal 

Por Edmar Lyra – O fim das coligações proporcionais trouxe uma nova dinâmica para a disputa deste ano, onde nomes como Daniel Coelho (Cidadania), Ricardo Teobaldo (Podemos), Wolney Queiroz (PDT), Raul Henry (MDB) e Túlio Gadelha (Rede Sustentabilidade) tiveram que montar suas respectivas chapas. O deputado federal Sebastião Oliveira (Avante) fez a opção de ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Marília Arraes, mas lançou seu irmão Waldemar Oliveira em seu lugar.
A disputa deste ano traz também o advento da disputa das sobras para os partidos ou federações que não atingirem o quociente eleitoral, e pelo fato de não haver mais a coligação, a quantidade de sobras será maior do que as que tínhamos em disputas anteriores. O MDB do deputado federal Raul Henry foi o que ficou em melhor condição, pois há segurança da eleição de pelo menos um parlamentar, em que ele disputa com a novata Iza Arruda o posto de mais votado. O Podemos do deputado Ricardo Teobaldo ficou numa situação também mais tranquila porque conta com a candidatura da vereadora Andreza Romero, que poderá lhe ajudar a consolidar com segurança uma vaga.
Já a situação dos demais será mais desafiadora e dependerá não só de suas respectivas votações, como também do funcionamento da chamada cauda eleitoral, que não tem perspectivas de se eleger mas precisa manter o bloco na rua para garantir a recondução do titular.
O caso mais emblemático é o de Daniel Coelho, que disputa a reeleição numa federação com o PSDB e depende não só de ter mais de 100 mil votos como também fazer com que os integrantes da sua cauda e o voto de legenda garanta pelo menos 50 mil votos. Suas chances melhoraram nos últimos dias porque a candidata do PSDB, Raquel Lyra, permanece com chances reais de ida ao segundo turno e isso poderá impactar pra melhor as suas condições de renovar seu mandato. Aqueles que lograrem êxito no próximo domingo, por terem o comando de seus respectivos partidos, estarão numa situação mais confortável para 2026, pois terão passado no duro teste desta nova regra eleitoral.