Por Wellington Ribeiro – Em época de definição das chapas eleitorais, a deputada federal Marília Arraes pode sair do PT e mexer no xadrez político pernambucano. Tida como um dos principais quadros de grande de grande potencial de voto de Pernambuco, a parlamentar é cobiçada por dez entre dez partidos para disputar o que quiser, com excessão do PT.
Deputada federal desde 2019, Marília é filiada ao PT desde 2016. E, após ter feito uma boa campanha em 2020, onde quase levou a prefeitura do Recife de João Campos, a parlamentar tem sido deixada de lado pelos colegas de legenda, e sido preterida na disputa pela Casa Alta.
Para ter alguma chance no Senado, por exemplo, ela teria que sair do PT já que o partido de Lula provavelmente não a indicará para a vaga à Casa Alta na chapa da Frente Popular.
Cogitou-se o PSOL, mas essa seria uma opção muito à esquerda. Também foi cogitado o Cidadania; nesse caso para que Marília pudesse ingressar na chapa de Raquel Lyra. Contudo, as conversas não avançaram.
Em pesquisa da Simplex Consultoria, divulgada no dia 28 de fevereiro, Marília aparece na liderança para o Senado, à frente de nomes como o ex-senador Armando Monteiro (PSDB) – porém, ao que parece, o PT parece disposto a indicar o nome do deputado federal Carlos Veras.
Conversas com pessoas próximas informam que foi aconselhado à deputada permanecer no PT e tentar a reeleição. Mas caso a pretensão seja mesmo o Senado, Marília precisará sair da legenda que a fez chegar na Câmara Federal. O grande desafio consiste em encontrar um partido que não fuja à sua identidade, não seja radical à esquerda e que ainda ela consiga ter em suas mãos o comando. Algo que reúna toda essa exigência não é uma tarefa fácil.