Dada nossa imensa podridão moral, nossa condição materialista de ser, acreditando que nosso mérito será medido pelo nosso imposto de renda, nosso saldo bancário ou a frequência em que trocamos de carro, acabamos abraçando nossa rota pela bússola ilusória do orgulho e vaidade.
Para você caro leitor o que é ser rico?
É ter um Imposto de Renda respeitável, casas, carros, iphones de última geração?
Quero lembrá-lo que se essa for toda sua riqueza construída pelo tempo, vale ressaltar que tudo isso é possível adquirir com dinheiro. É palpável e pode ser subtraído por alguém.
Por outro lado, se tudo que você observar para sua caminhada e tudo que você construiu até hoje são coisas do tipo: conhecimento, amizades, sabedoria e etc. E isso dinheiro nenhum pode comprar e que ninguém pode adquirir? Parabéns você é um homem rico.
Os que me conhecem sabem o quanto sou apaixonado pelos “ias” da vida, PsicologIA, FilosofIA, SociologIA e etc.
Nada me incomoda, me intriga e me fascina mais do que tentar compreender o rico e incógnito universo humano.
Convido vocês aqui para uma viagem provocatória. Vamos lá?
Quem de nós nunca entrou numa briga, numa discussão, num duelo?
E quem de nós depois de todo “muído” terminado, depois do calor da discussão, da ebulição emotiva, passado o nosso lado selvagem de ser, bateu aquele remorso?
Tipo: Quanta confusão por nadinha?
Pois é nobre leitor, são faíscas emotivas, orgulhosas e vaidosas que nos levam a verdadeiros incêndios morais.
Embora para muitos eu pareça “disco arranhado” batendo na mesma tecla, abordando esse tema novamente, é que hoje a proposta é pegar em vossas mãos e viajarmos para tal reflexão:
“Qual o verdadeiro combate que vale a pena?”
Como acasos não acontecem, diariamente após acordar a primeira tarefa executada é abrir o Evangelho segundo o Espiritismo aleatoriamente e refletir o tema escolhido.
Ontem (22/01/19) o tema foi “Cólera”, hoje (23/01/19) cai “O Duelo”, ao meu ver duas hipóteses plausíveis:
1. Ou estou abrindo o Evangelho muito próximo do tema anterior ou;
2. O meu anjo de guarda do outro lado conhecendo-me bem, sabe o que preciso aprimorar mais.
Acredito que a alternativa 02 é a mais lógica.
Como já trabalhamos a questão da cólera, hoje quero refletir junto com vocês o duelo ou combate, mas sobre outro enfoque:
“O quanto é duro o duelo entre o EU REAL e o EU IDEAL”.
Alguém aqui está sempre ocupado com algo, assim como eu?
Tipo ligado nos 380 volts?
Pois bem, certa feita ouvindo uma palestra sobre o silêncio vi uma abordagem muito interessante.
Dizia o palestrante que equivocadamente – talvez por nossa cultura ocidental de ser – aprendemos que o silêncio é o “nada”.
E o palestrante de forma muito sábia mostra-nos totalmente o inverso: “o silêncio não é a presença do NADA, mas sim um espelho que nos mostra o nosso verdadeiro EU, sem maquiagens, sem máscaras, gritando verdadeiramente o que Somos, em suma o verdadeiro TUDO.
Sabemos que é mais prático e cômodo criticar, apontar e julgar o erro alheio do que seguir o que nos pede Santo Agostinho: “Conhece-te a ti mesmo”.
Portanto esse é o verdadeiro duelo que precisamos e necessitamos travar todos os dias: O Bom Combate.
Duelo contra o outro, contra nossos algozes que ainda não aprenderam a fazer o bem, qualquer um faz, e não existe aí mérito algum.
Duelo para ter prejuízos não vale a pena meu povo!
Duelo é para termos lucros.
Machado de Assis em Quincas Borba já nos provou por A + B que numa batalha ninguém ganha, com a clássica frase: “Ao vencedor as batatas”.
Então vamos duelar, todo dia, mas o verdadeiro Duelo que vale a pena:
“O HOMEM VELHO x O HOMEM NOVO”.
Fácil nunca será, mas na escola não é tudo flores, é fato que tem o recreio, as namoradinhas, as vagens, mas para evoluir na escola temos avaliações, pesquisas, física, química, matemática, regras gramaticais e por aí vai. Da mesma forma é o nosso planeta terra, um lugar de provas e expiações.
Embora muito de nós sofremos noites e noites de sono para aprender o emprego da crase, mesmo sendo difícil, vencemos a batalha e cá estamos nós com a ficha 19 na mão.
Portanto, por hoje o convite é esse:
a) Refletir, que cristão estou sendo e que cristão preciso ser?
b) Reavaliar nossos passos;
c) Abraçar muitas vezes o dito popular: “É melhor ser Feliz que ter razão” (acredite, que por vezes vale a pena);
d) Que tipos de duelos tenho travado? São saudáveis para mim?
e) Caso eu fosse um produto a ser vendido quais seriam minhas vantagens e desvantagens?
Fico por aqui hoje, amanhã iremos refletir mais um pouco com “O BOM COMBATE – II”.
Viva Santo Agostinho!
Viva Emmanuel!
Viva Chico Xavier!
Viva o Bom Combate!
Viva a Misericórdia Divina!
Viva o livre arbítrio!
Viva a lei do progresso!
Viva Deus!
Benízio Elias Filho – Duy