Por Renata Bezerra de Melo/Folha de Pernambuco – Na Frente Popular, não há ansiedade para apresentar o nome que estará na vice de Danilo Cabral. Motivo: há intenção de se guardar tal espaço como carta na manga para negociação até as convenções, considerando que a estratégia a ser adotada pelos adversários, ainda com chapas indefinidas, também terá peso nessa montagem. A despeito disso, um movimento na aliança governista foi deflagrado com objetivo de se defender um nome do centro para ocupar a vice.
O assunto tem sido, inclusive, um catalisador da retomada de diálogo entre dois deputados que vinham protagonizando um visível distanciamento até pouco tempo: Eduardo da Fonte e Silvio Costa Filho. Os dois passaram a conversar com frequência nos últimos dias. Não à toa, o PP, presidido por Eduardo, passou a levantar a bandeira de uma candidatura do presidente estadual do Republicanos a vice. E mais: a legenda trabalha com a tese de que só a escolha de Silvio Costa Filho para essa vaga salvaria a permanência do PP na Frente Popular.
O detalhe é que, nos bastidores, integrantes da aliança tem repisado que a tese do PP é bem-vinda no grupo de Silvio Costa Filho, o que não significa, no entanto, que o deputado esteja decidido a acatar ou aceitar convite para vice. Quem acompanha as referidas costuras realça que uma possível negativa de Silvio Costa Filho resultaria num plano B, que seria um outro nome do centro. Em outras palavras, dizem que Silvio é uma opção nessa construção, mas que outras podem surgir dentro da lógica comum, que seria de fortalecer a Frente Popular.
Os progressistas têm advogado que Silvinho na vice “daria um molho de centro à chapa” e, em conversas reservadas, afirmam que só a escolha de Silvio Costa Filho para vice salvaria a permanência do PP na Frente Popular. O nome de Silvio Costa filho seria o caminho de um possível entendimento na aliança, que já estaria em curso entre Eduardo da Fonte e o próprio Silvio.
Uma engenharia No Palácio das Princesas, não resta dúvidas de que, hoje, estar na vice não é uma prioridade de Silvio Costa Filho. Por outro lado, também se entende que uma acomodação dele na chapa não seria uma coisa intransponível. Há quem argumente que, a depender de como as coisas se desenhem até as convenções, ele poderia até topar a missão e esse seria o fator responsável por “segurar Eduardo da Fonte e o PP na aliança”.