O dilema dos deputados que têm a reeleição ameaçada pela regra eleitoral

Por Wellington Ribeiro/Blog Ponto de Vista
Com a nova regra eleitoral que vai vigorar no pleito deste ano, proibindo as coligações partidárias, alguns deputados federais estão com mão na cabeça porque podem não renovar seus mandatos caso optem por permanecer nos atuais partidos em que se encontram. Essas legendas não montaram até agora chapas competitivas, o que pode prejudicar a vida desses parlamentares considerados caciques da política.
É o caso dos presidentes do PSD, André de Paula, do MDB, Raul Henry, do PDT, Wolney Queiroz, do Podemos, Ricardo Teobaldo, e do Solidariedade, Augusto Coutinho. Também está na lista Renildo Calheiros, do PCdoB, Pastor Eurico, do Patriotas, Túlio Gadelha, da Rede, e Daniel Coelho, do Cidadania. Nenhum desses renova o mandato se os seus partidos saírem sozinhos nesta eleição.
Como a possibilidade da Federalização, o que poderia ajudar na reeleição desses deputados, depende de uma articulação nacional dessas legendas, esses parlamentares terão de se virar por aqui mesmo com uma solução.
Uma chance é se eles tentarem se acomodar em outros partidos, a exemplo do PSB, Republicanos, Progressistas, PT, PL, Avante ou União Brasil, siglas que já estão com tratativas avançadas para a formação de chapas proporcionais. Ainda assim é possível que nessa conta alguém fique de fora no final da linha. Outra alternativa é que algum deles seja indicado para um cargo majoritário na Frente Popular, no palanque de Miguel Coelho ou de Raquel Lyra/Anderson Ferreira, o que faria com que as bases do “escolhido” fossem divididas com quem sobrou e pertence ao campo escolhido.
Entre estes que estão com à reeleição ameaçada caso insistam em ficar sozinhos no partido, André de Paula e Wolney Queiroz são lembrados para o Senado na Frente Popular. Já Daniel Coelho pode ser alternativa de vice no grupo Levanta Pernambuco. O fato é que o tempo está passando e nada está resolvido. Com isso, a corda no pescoço desses deputados vai apertando.