Novo Ensino Médio: os desafios para a implementação da proposta em 2022

Correio Braziliense
Com a publicação do Cronograma Nacional de Implementação do Novo Ensino Médio, feita em 14 de julho por meio da Portaria MEC nº 521/2021, o Brasil passa a ter prazos definidos — e apertados — para iniciar a implementação da nova proposta de ensino médio, aprovada em 2017.
Para saber qual é o cenário brasileiro, as expectativas e os desafios da educação do país e os órgãos de controle da área quanto ao Novo Ensino Médio, o podcast Luz aos Fatos recebe, nesta semana, a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães, e o presidente da Abre Livros, Ângelo Xavier. Confira a conversa abaixo e nas suas plataformas de áudio favoritas. A apresentação é das jornalistas Talita de Souza e Thays Martins.
A ordem é de que, em 2022, toda escola comece o 1º ano do ensino médio no novo formato. A nova modalidade de ensino básico, e o alinhamento dos conteúdos deste à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), demanda intensas mudanças nas redes estaduais de ensino e no Distrito Federal.
Para a mudança, cada rede estadual deverá definir a Formação Geral Básica e propor um currículo, além de construir, ao menos, dois Itinerários Formativos, que serão feitos por disciplinas específicas.
De acordo com o Observatório Nacional de Implementação do Novo Ensino Médio, apenas 12 estados concluíram todas as ações da construção curricular. Vinte e um deles estão na revisão final dos documentos, que foram entregues aos conselhos estaduais para aprovação. O que forma um cenário positivo para o próximo ano.
No entanto, há ainda importantes detalhes a serem observados, como a publicação do regimento interno de cada escola para os ritos de ensino (matrículas e escolha dos itinerários), a formação de professores para o novo método, a renovação do material didático de acordo com os novos currículos e as parcerias para integrar as aulas com o ensino técnico. A reforma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para alinhar o conteúdo das escolas também é outra preocupação dos especialistas.