Na visita que o pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Paulo Câmara, e demais componentes de sua futura chapa, fez segunda (10) a Petrolina, uma coisa ficou clara: embora a administração do governador Eduardo Campos tenha imensa aprovação, nem tudo são flores.
Em um encontro rápido com professores da Universidade de Pernambuco (UPE), antiga Faculdade de Formação de Professores de Petrolina (FFPP), o futuro candidato ouviu duros depoimentos sobre o tratamento dispensado à única universidade estadual do estado.
Ouviu, por exemplo, que existe uma demanda imensa para concurso de professores; que são pouquíssimos os membros da Universidade chamados para compor a administração estadual; e que o financiamento do custeio apresenta números que passam longe do ideal.
Nada, entretanto, foi mais estarrecedor que a informação sobre o salário do professor substituto: medíocres R$ 17 por aula ministrada. Pasmem! Um valor menor que o praticado como piso do magistério na Educação Básica.
Ouviu constrangido uma professora dizer que é doutora, e ainda assim ganha apenas 20% dos vencimentos (oficiais) de um deputado.
Se Câmara queria fazer política errou o endereço, pois se fazer de desentendido e pedir opinião daquilo que ele conhece de perto pegou mal.
Na universidade não há massa: há crítica. No encontro ele também ouviu que todos esses problemas já são conhecidos pela Secretaria de Administração e pela Secretaria da Fazenda onde ele passou.
Há muito que os professores de Pernambuco esperam um salário mais digno. Esse “carinho” no bolso de cada docente poderá ser uma marca para Paulo Câmara. Um desafio, já é. (Carlos Brito)