Apesar da liberação das aulas presenciais pelo Governo de Pernambuco, municípios de todas as regiões do Estado optaram por não retomar as aulas presenciais e, por enquanto, continuar apenas com as atividades remotas. Medida visa uma melhor avaliação do cenário da pandemia em cada município e preparar as escolas para receber os estudantes.
Entre as cidades que já confirmaram esta decisão estão Recife, Olinda e Jaboatão, na Região Metropolitana, além de Caruaru e Petrolina, no Agreste e Sertão, respectivamente. De acordo com o cronograma divulgado pela Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE), os municípios estão autorizados a receber novamente os estudantes nas unidades de ensino na próxima segunda-feira (26).
Na Capital, ainda não há definição da data de retomada das atividades presenciais nas escolas. As aulas estão suspensas desde o dia 18 de março e seguem sendo realizadas remotamente. Assim como no Estado, Recife conta com um comitê de monitoramento da pandemia que avalia constantemente o cenário epidemiológico do município. Atualmente, a rede conta com 320 unidades, cerca de 5,4 mil professores e 92 mil estudantes.
As escolas do Recife iniciaram o ano letivo de 2021 no dia 4 de março com atividades não presenciais, que envolvem diversas ações como exibição de aulas pela internet, TV aberta, a exemplo da TV Alepe, e na Rádio Frei Caneca. As atividades incluem ainda materiais didáticos e planos de estudos disponibilizados no site Escola do Futuro; entrega de materiais impressos; e atendimento socioemocional.
O município de Jaboatão informou que será realizada uma série de reuniões durante os primeiros dez dias do próximo mês para definir algo e até lá, as aulas seguem suspensas. Já Olinda afirmou que também não tem previsão de retorno e o foco continua sendo as aulas on-line. A Secretaria de Educação de Caruaru disse que segue trabalhando para o retorno seguro das atividades presenciais, com a retomada prevista para o início de maio. Por enquanto estão sendo realizadas aula remotas. A cidade de Goiana, na Zona da Mata, planeja retomar as aulas presenciais no dia 6 de maio e até lá segue com aulas on-line.
A Prefeitura de Petrolina afirma que segue dialogando com os órgãos de saúde com foco no retorno seguro e parcial das aulas presenciais para os mais de 56 mil alunos matriculados na rede municipal. “As equipes estão mobilizadas a criar condições para avançar para o ensino híbrido, mas, infelizmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do município sertanejo passa de 87% atualmente. O que inviabiliza a volta às salas de aula para estudantes e professores”, disse em nota. A Secretaria Municipal de Educação segue dando total suporte a comunidade escolar das 211unidades que compõem a Rede pública de ensino de Petrolina. Hoje, o município conta com um quadro de cerca de 2.500 professores.
Ipojuca faz pesquisa Por outro lado, o município de Ipojuca planeja a volta às aulas presenciais a partir do dia 31 de maio. Acontecerá por fases, em rodízio, iniciando pelos anos finais. A rede municipal de ensino é composta por 70 escolas, 22.000 alunos, cerca de 1.250 professores. Atualmente, está sendo feita uma pesquisa com os pais dos alunos sobre esse retorno para saber o que eles acham.
“Antes da volta presencial, no entanto, teremos o acolhimento nas escolas dos diretores, funcionários, professores e pais, com várias reuniões. Em maio, entregaremos todos os EPIs para os funcionários e alunos nas escolas e concluindo os preparos de infraestrutura para esse retorno de acordo com o protocolo sanitário estabelecido. Todo esse planejamento, porém, depende da evolução ou não da pandemia”, disse a Prefeitura em nota.
Protocolos Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes do Estado ressaltou que os municípios têm autonomia para decidir quando iniciarão as aulas presenciais. “Lembrando que todas as escolas devem estar adaptadas e seguindo os protocolos de biossegurança que prevê, por exemplo, o distanciamento de 1,5 metro de distância, uso de máscara e a instalação de lavatórios nas unidades de ensino. A SEE está em constante diálogo com a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) buscando dar o apoio que os municípios necessitam”, diz a nota.