Moderna e Pfizer farão testes contra nova linhagem de coronavírus; AstraZeneca diz que vacina deve ser eficaz

G1

As empresas farmacêuticas Pfizer/BioNtech e Moderna vão testar a eficácia de suas vacinas contra a Covid-19 em uma nova linhagem do coronavírus Sars-Cov-2 descoberta no Reino Unido. A AstraZeneca, que também conduzirá novos estudos, afirmou que a sua vacina desenvolvida com a Universidade de Oxford deve ser eficaz.

Segundo a agência de notícias Reuters, as parceiras Pfizer e BioNtech realizarão os novos testes antes de enviarem as 12,5 milhões de doses à União Europeia, o que está previsto para até o final do mês.

O executivo-chefe da BioNTech, Ugur Sahin, disse que a empresa espera obter os resultados dos testes contra a nova variante do vírus nas próximas duas semanas. “Tecnicamente somos capazes de fornecer uma nova vacina em seis semanas”, disse Ugur Sahin, cofundador do laboratório alemão.

“Não existe razão para estar preocupado ou alarmado até recebermos os dados”, disse Sahin.

A Moderna também irá testar a eficácia de sua vacina contra a nova variante do coronavírus. Em nota, a farmacêutica informou que os testes devem começar nas próximas semanas.

“Com base nos dados obtidos até o momento, esperamos que a imunidade induzida pela vacina da Moderna seja protetora contra as variantes descritas recentemente no Reino Unido. Iremos realizar testes adicionais nas próximas semanas para confirmar essa expectativa”, diz a nota da Moderna.

A AstraZeneca afirmou em nota enviada à Globo que a sua vacina “deve ser eficaz” contra a nova variante. Isso porque o seu imunizante contém o material genético da proteína Spike, responsável pela entrada do vírus nas células, e que as alterações no código genético na nova cepa não parecem alterar a estrutura desta proteína. Porém, a empresa não descartou a necessidade de estudos.

“Mesmo com as mutações recentes, acreditamos que a vacina ainda deve ser eficaz. No entanto, estudos estão em andamento para investigar totalmente o impacto dessa mutação”, disse a AstraZeneca.

A nova variante de coronavírus identificada no Reino Unido tem um potencial de transmissibilidade 70% maior que o vírus que foi detectado no começo da pandemia na China, segundo alegação do primeiro-ministro Boris Johnson.