O Ministério da Saúde informou nesta ontem (18) que vai passar a levar em conta critérios como perda de visão, audição, comprometimento e deficiência de membros para avaliar se uma criança tem danos de desenvolvimento provocados pelo vírus da zika. Até agora, o principal critério levado em consideração era o perímetro da cabeça dos bebês.
A nova medida foi tomada com base em evidências científicas de que mesmo crianças com tamanho de cabeça dentro dos parâmetros considerados “normais” podem apresentar consequências do vírus. Desde a descoberta da microcefalia, pesquisadores apontaram outras doenças relacionadas à infecção e isso levou à Organização Munidal da Saúde (OMS) a determinar a síndrome congênita do zika. Segundo a pasta, o objetivo é garantir cuidado a todas as crianças, inclusive as que apresentaram alterações tardias – o ministério informou que vai passar a acompanhar por três anos crianças de mães que tiveram zika durante a gravidez. Até então, só eram monitorados bebês com microcefalia. Os novos critérios afetam as regras para notificação, investigação e classificação final de casos suspeitos da doença.
“A criança pode ter um perímetro encefálico maior e pode sofrer efeitos do zika. Não necessariamente a redução do perímetro encefálico aponta o dano do cérebro. É essa nova possibilidade que vamos acompanhar com as crianças e vai nos fazer se preocupar em ver a relação causa-efeito sobre eventuais incidências que ocorram com a criança e que tenham ou não relação com o zika pela mãe”, afirmou o ministro Ricardo Barros.
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