AFP
A mexicana Andrea Meza foi coroada Miss Universo ontem (16) na Flórida, em uma cerimônia em que a representante da Mianmar denunciou, no palco, o sangrento golpe militar em seu país.
O concurso voltou a acontecer após ter sido cancelado pela primeira vez, em 2020, devido à pandemia do coronavírus.
Andrea, de 26 anos, terminou em primeiro, seguida da brasileira Julia Gama e da peruana Janick Maceta, em noite de gala apresentada pelo ator americano Mario López e pela ex-Miss Universo Olivia Culpo.
As ex-candidatas Cheslie Kryst, Paulina Vega e Demi-Leigh Tebow (que ganhou o título em 2017) participaram como analistas e comentaristas, enquanto um painel de oito mulheres determinou a vencedora deste ano.
Usando um vestido de noite vermelho brilhante, Meza caminhou pela passarela, com lágrimas nos olhos, como Miss Universo pela primeira vez, antes de um abraço coletivo com as demais concorrentes.
Andrea Meza superou mais de 70 candidatas do mundo inteiro nesta 69ª edição do Miss Universo, realizada no Hard Rock Hotel & Casino em Hollywood, no estad da Flórida.
Nos dias anteriores à competição final, a Miss Mianmar Thuzar Wint Lwin, que ficou entre as 21 finalistas, usou seu tempo no palco para chamar a atenção para o golpe de Estado em seu país.
“Nosso povo está morrendo e sendo baleado pelos militares todos os dias”, disse ela durante seu vídeo biográfico, no qual mostrou fotos suas participando dos protestos antigolpe.
“Portanto, gostaria de pedir a todos que falem sobre Mianmar”, completou.
A representante birmanesa ganhou o prêmio de melhor traje nacional. Nesta parte do concurso, ela apareceu com uma cartaz que dizia “Rezem por Mianmar”.
Em 1º de fevereiro, os militares derrubaram a líder civil Aung San Suu Kyi. Desde então, pelo menos 796 pessoas foram mortas pelas forças de segurança, segundo uma ONG local, enquanto quase 4.000 pessoas estão presas.