Maioria esmagadora da bancada pernambucana quer saída de Cunha…

Entre bancada pernambucana, maioria esmagadora é favorável à deposição de Eduardo Cunha Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Entre bancada pernambucana, maioria esmagadora é favorável à deposição de Eduardo Cunha
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Maior antagonista do governo Dilma Rousseff (PT), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), conseguiu manobrar como poucos a oposição à mandatária petista, deu vez e voz ao baixo clero e conduziu a adminissibilidade do processo de impeachment mesmo sendo investigado pela Operação Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras e por esconder contas bancárias na Suíça.

O JC procurou os 25 membros da bancada pernambucana na Câmara para ouvir a posição deles quanto ao pedido de afastamento de Cunha, que se arrasta no Conselho de Ética. A esmagadora maioria é favorável à saída do parlamentar. Somente os deputados do PP – Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro – se posicionam no campo dos “indecisos”. 

Cunha é réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e está sob o risco de perder o mandato por ter mentido na CPI da Petrobras, por ter negado possuir contas no exterior. O Ministério Público na Suíça encontrou cerca de US$ 5 milhões em contas controladas por Eduardo Cunha.

Continua…

Processo contra Eduardo Cunha na Comissão de Ética é considerado um dos mais longos da história da Câmara, sofre sucessivos adiamentos e já se estende há 169 dias. O Conselho de Ética da Câmara instaurou em 3 de novembro processo contra Cunha.

Na berlinda, o deputado conta com apoio dos correligionários que consideram que ele merece “anistia” por ter conduzido o processo contra Dilma.

Único membro do Conselho de Ética da Casa do Estado, Betinho Gomes (PSDB) tem feito defesas públicas pela retirada de Cunha. “Precisamos vencer a pauta Eduardo Cunha. Não vejo possibilidade dele escapar”, prevê o parlamentar. “Temos que concentrar esforços para afastar Eduardo Cunha. Não votei no processo de impeachment, mas se tivesse feito teria destacado que tenho vergonha de tê-lo como presidente da Casa”, grifou Raul Jungman, que abriu espaço para o titular do mandato votar.