Em entrevista a um programa televisivo local, veiculado na manhã desta terça-feira (13), o deputado federal e pré-candidato ao Senado, João Paulo (PT), acusou a Frente Popular de utilizar a máquina pública para angariar apoio dos prefeitos do PT e PTB. Sem citar nomes, o petista relatou um caso de suposta chantagem do Palácio do Campo das Princesas sobre um dos prefeitos do PT no interior do estado.
“Um dos prefeitos do PT com quem nós conversamos foi chamado ao Palácio e lá se comprometeram em fazer uma obra de abastecimento de água, que é mais de R$ 1 milhão de reais, além do calçamento de algumas ruas, como condições para ele deixar o PT. Ele disse que vai esperar até junho e se não for feita a obra ele não apoiará”, informou.
Apesar disto, o deputado se mostrou otimista com as pesquisas realizadas no interior de Pernambuco que apontam uma boa recepção de seu nome e também do pré-candidato ao Governo do Estado, Armando Monteiro (PTB), aliado do petista. João Paulo citou opiniões de seu aliado petebista para criticar a pré-candidatura do ex-secretário Paulo Câmara (PSB) ao executivo estadual.
“As informações que tenho são extremamente favoraveis ao meu nome e ao de Armando Monteiro. Há graus de revolta do povo contra prefeitos que mudam de posição. Hoje o cidadão faz seu julgamente, não funciona como curral eleitoral. Acredito que Armando tem se colocado muito bem. Ele sempre diz que o cargo de governador nao é cargo comissionado. Em Pernambuco você não indica com o dedo quem vai ser o governador. O pré-candidato do PSB é muito desconhecido e pelas informações que eu tenho há um clima de decepção dentreo de sua própria base”, opinou.
Para João Paulo, a aliança construída pela Frente Popular é bastante frágil e o PSDB não teria interesse maior em apoiar o pré-candidato Paulo Câmara.
“Essa junção é fragil. Primeiro veja a base como foi feita. Foi um acordo do falecido Sergio Guerra com o PSB, isso já desagradou parte do PSDB. Como em tese a candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB) poderia decolar então o pessoal engoliu. Mas dois fatores que mudaram a conjuntura. O primeiro a patinação da pré-candidatura de Eduardo e depois e as declarações de Fernando Bezerra Coelho (PSB). Esse foi o gancho que o PSDB precisava para pular fora do barco. Eu acredito que eles já pularam fora. Mesmo que fiquem na coligação é só para garantir seus deputados, mas não acredito que eles estejam lá com o coração. Entretanto, quem está conosco está com o coração e a alma”, declarou. (Blog da Folha)