João Campos defende candidatura própria do PSB em 2022

Diário de Pernambuco
Em entrevista ao programa Manhã na Clube nesta terça-feira, o prefeito de Recife, João Campos (PSB), defendeu a ideia de uma candidatura própria da legenda nas eleições presidenciais de 2022. Segundo Campos, a sigla tem todas as condições de implementar um projeto de desenvolvimento ao país dentro do campo democrático que “pacifique” o país.
“Defendo que o PSB tenha um projeto próprio à presidência, que represente esse conjunto de ideias que Eduardo Campos levantou e que depois Marina Silva foi dar continuidade em 2014”, declarou o prefeito. De acordo com João, o plano de governo de Eduardo Campos sete anos atrás ainda daria para ser utilizado hoje.
O prefeito também frisou que ainda é cedo para discutir articulações eleitorais, por conta dos problemas que o país enfrenta devido ao coronavírus. Entretanto, Campos afirmou que o melhor caminho enquanto as eleições de 2022 é encontrar um projeto que apazigue os ânimos dos brasileiros, principalmente em um possível cenário de polarização. “A gente tem que encontrar uma forma para um projeto para unir os brasileiros. Eu vejo que o PSB tem todas as condições de fazer essa discussão”, comentou. 
João Campos também ressaltou que até meados de 2021 e início de 2022, será decidido e divulgado pelo partido o posicionamento e agenda eleitoral. “É um debate muito interno ainda”, acentuou.
Quanto às articulações e alianças, o prefeito não deu muitos detalhes, mas ponderou que a sigla socialista estará aberta à diálogos, inclusive com o possível candidato Ciro Gomes (PDT), que veio ao Recife fazer campanha para João Campos nas últimas eleições municipais. “Seria muito bom se a gente pudesse construir um projeto que tivesse convergência [com Ciro Gomes]”, afirmou. 
O PSB e o PDT governam juntos quatro capitais, incluindo o Recife. Essa aliança tem sido questionada ultimamente pelo novo cenário em que o ex-presidente Lula (PT) se tornou elegível novamente, mas até o momento não houve posicionamento oficial por parte de nenhum dos três partidos.