O goleiro Bruno Fernandes, 34, pode voltar ao futebol. Segundo o escritório de advocacia que representa o jogador – condenado em 2013 pelo assassinato de Eliza Samudio e atualmente no regime semiaberto -, o ex-goleiro do Flamengo recebeu propostas de alguns clubes. Entre eles está o Poços de Caldas FC.
“Antes de qualquer contrato ser formalizado, será feito um pedido formal ao juiz da execução penal, em obediência à lei”, disse o escritório Mariana Migliorini Advogados e Associados, que confirmou ter ocorrido uma reunião entre o clube e o jogador ontem (13).
“Falta a parte da Justiça e detalhes em termos de valor”, disse Paulo César Silva, presidente do Poços de Caldas.
A informação sobre a proposta do Poços foi inicialmente divulgada pelo Jornal Mantiqueira, da cidade, e confirmada pela reportagem com os representantes legais do ex-atleta.
Segundo os representantes, ele também teve propostas de outras equipes. Eles não informaram por qual time o goleiro deseja atuar. Atualmente, o Poços de Caldas disputa a terceira divisão mineira, que só começa em 2020.
A reportagem não conseguiu contato com o clube até a publicação deste texto.
Nas suas redes sociais nesta terça, o Poços de Caldas fez mais de uma postagem com tom enigmático. “Nosso trabalho é um trabalho social dando oportunidade para todos. Em breve estaremos anunciando uma grande contratação”, diz um texto no Facebook.
O goleiro cumpre pena de 20 anos e nove meses pelo assassinato da ex-namorada, Eliza Samudio, ocorrido em 2010. Inicialmente, ele fora condenado a 22 anos e 3 meses, mas teve a pena reduzida em 2017, pela prescrição do crime de ocultação de cadáver.
Em julho deste ano, Bruno foi autorizado voltar ao regime semiaberto, direito concedido a ele pela primeira vez em outubro de 2018, mas perdido após ele ser filmado, pela TV Alterosa (afiliada do SBT em Minas) tomando cerveja com mulheres em horário que deveria estar trabalhando.
Em fevereiro de 2017, o ex-goleiro conseguiu um habeas corpus e assinou com o Boa Esporte, de Varginha (MG), na região sul do estado, onde cumpre pena. Depois de dois meses, o Tribunal de Justiça decidiu que ele deveria voltar à prisão. (FolhaPress)