Por Wellington Ribeiro/ Blog Ponto de Vista – Depois de desistir de concorrer a governador pela Frente Popular, abrindo caminho para Danilo Cabral disputar o Palácio do Campo das Princesas, o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio, já se decidiu: vai candidatar-se a deputado federal. O assunto é consenso no meio político pernambucano.
Mas a candidatura de Geraldo traz consigo uma equação que precisa ser resolvida. Na condição de ex-prefeito, ele larga bem para a disputa, sobretudo, na capital e Região Metropolitana, onde é bem conhecido. Teoricamente, o atual secretário de Desenvolvimento Econômico já sairia eleito com essa votação. Teoricamente…
Isso porque o atual prefeito do Recife, João Campos, não tem como não pedir voto na cidade para seu irmão, o engenheiro Pedro Campos, o pule de dez do PSB para ser o puxador de votos do partido para a Câmara Federal. Ainda que dê uma ajuda a Geraldo, João vai direcionar “esforços e estruturas” com força total para eleger bem Pedro.
Isso sem falar em outro socialista que naturalmente terá votos no Recife e região, o deputado federal Felipe Carreras, que tentará a reeleição. Ex-secretário de Turismo do próprio Geraldo, Carreras tem na capital seu principal reduto eleitoral.
Mesmo diante desse cenário, ainda se espera que o PSB garanta a Geraldo “gestos” na capital. O problema é ver uma forma que não atrapalhe os outros dois candidatos socialistas. A tarefa não vai ser fácil. Certamente, o ex-prefeito também deverá ser contemplado por algumas bases do espólio de Danilo Cabral. Mas as próprias bases do agora pré-candidato a governador terão de ser divididas também com outros federais do PSB, a exemplo de Milton Coelho e Tadeu Alencar, por exemplo.
O tempo está correndo e o PSB terá de fazer muita conta para organizar esses votos e garantir a eleição de todos esses figurões.