Estudante de veterinária é picado por cobra naja e fica em coma no Distrito Federal

UOL/JC

Um estudante de veterinária de 22 anos está em coma induzido depois ter sido picado por uma cobra naja, terça-feira (7), no Gama, região do Distrito Federal.  O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) informou ao UOL que a suspeita é de que ele criava a cobra ilegalmente em casa, já que não há registro de entrada da espécie na capital federal.

De acordo com familiares, o estado de saúde do jovem, que está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora, em Brasília, é grave. Eles estão aguardando o resultado de um tratamento feito com soro enviado pelo Instituto Butantan, em São Paulo. A naja é originária da África e da Ásia e integra a lista de cobras mais venenosas.

A Polícia Militar só conseguiu encontrar o réptil após muita conversa com um amigo da vítima. A naja estava dentro de uma caixa atrás de um morro, em um shopping localizado no Setor de Clubes Sul de Brasília, a 14 quilômetros da casa do estudante.

Em entrevista ao UOL, o biólogo e diretor de répteis, anfíbios e artrópodes do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega, disse que o veneno da naja atinge o sistema neurológico e pode matar um humano em apenas 60 minutos depois da picada. “Se você não mexer com essa espécie, ela vai embora. Não ataca. Mas se ela se sentir ameaçada, levanta o corpo e se prepara para o bote. Porém, se o humano ou animal insistir, a Naja vai picar. Ela picou exclusivamente por defesa. Até porque essa cobra não tem capacidade física de engolir um ser humano”, afirmou.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Civil investigam o caso.