05/05/2011. Crédito: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press.
Com palavras curtas, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), líder do partido na Câmara Federal, declarou, através de sua assessoria de imprensa, que está tranquilo. “Estou à disposição da justiça para colaborar no que for possível, esclarecer logo todos os fatos”, disse o parlamentar. O deputado é um dos investigados na Operação Politéia, que foi deflagrada hoje de manhã a partir de novas provas da Operação Lava-Jato, com cumprimento de 53 mandatos de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em seis estados e no Distrito Federal. A operação está sendo desenvolvida, em conjunto, entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A assessoria de imprensa do deputado informou que, nesta terça-feira, o parlamentar está em Brasília, onde cumpre, normalmente, suas atividades diárias. A assessoria, negou, no entanto, a informação inicial de que teria ocorrido buscas no apartamento de Eduardo da Fonte em Brasília. As buscas aconteceram, apenas, no Recife, onde o deputado tem, além de seu escritório, uma residência. Em depoimento, doleiro Alberto Youssef disse que o deputado federal pernambucano Eduardo da Fonte (PP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) receberam entre 2010 e 2011 propinas.
Os valores, ainda não determinados, teriam sido pagos pela construtora Queiroz Galvão em contrato para implantação de tubovias em Abreu e Lima, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. O contrato referente a este serviço é da ordem de R$ 2,7 bilhões. Eduardo da Fonte, ainda segundo o delator, é acusado de intermediar a aproximação do esquema com o então senador Sérgio Guerra (PSDB), morto em março de 2014. As propinas seriam para evitar a instalação de uma CPI no Congresso. O tucano recebeu, de acordo com Youssef, parte dos R$ 10 milhões destinados para impedir a realização da CPI da Petrobras. (Diário de Pernambuco)