Em meio a crise, Argentina vai às urnas no domingo com possível derrota de Macri no 1º turno

G1

O primeiro turno das eleições gerais na Argentina acontece neste domingo (27), e a principal pergunta é se o candidato da oposição, Alberto Fernández, já sairá eleito ou se o atual presidente, Maurício Macri, conseguirá chegar à segundo rodada de votações.

As pesquisas apontam que Fernández deverá ter cerca de 52% dos votos válidos. Macri tem cerca de 32%.

Pelas regras eleitorais do país, o primeiro colocado será eleito se tiver 45% dos votos ou, então, 40%, desde que tenha 10 pontos percentuais a mais que o segundo colocado.

Fernández, o favorito, nunca concorreu a um cargo majoritário. Ele é um dirigente peronista, a principal corrente política do país. Ele foi escolhido pela ex-presidente Cristina Kirchner para liderar a chapa –ela é a candidata a vice.

Na Argentina, as coligações políticas são obrigadas a realizar prévias. Neste ano, nenhuma delas tinha disputa interna, e a votação, feita em 11 de agosto, serviram como uma espécie de pesquisa oficial de intenção de votos.

Nessa primeira etapa, a chapa formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner teve 47,78% dos votos válidos. Se fosse um primeiro turno, ele estaria eleito. Macri teve 31,8%.

O resultado foi inesperado: as pesquisas apontavam que ele iria liderar, mas não pela margem de 16 pontos percentuais sobre o segundo colocado, o atual presidente, Maurício Macri.