‘Eles são seres humanos’, diz irmã de detento após mortes em cadeia no AM…

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Familiares de detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) ainda aguardam por informações sobre as vítimas do massacre que deixou 60 detentos nas unidades prisionais, no Amazonas. Uma força-tarefa foi montada para o trabalho de identificação dos corpos.

Em frente à sede do Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte de Manaus, a operadora de caixa Carolina de Lira, de 22 anos, aguardava por informações do irmão Linekin Marinho de Lira, de 24 anos. Ela disse acreditar que ele está entre as vítimas da rebelião no Compaj e afirmou que o corpo dele foi reconhecido pela família por meio de fotos divulgadas na internet.

Continua…

“Todo mundo tem que pagar, mas não dessa maneira como fizeram. Eles são seres humanos, cometeram crimes e estavam pagando”, disse Carolina ao comentar as mortes e a violências ocorrida dentro da cadeia. Ela não quis ter foto divulgada.  Lira está preso desde janeiro de 2016 e ocupava o primeiro pavilhão com outros 28 presos, segundo ela.

Na manhã desta terça, a movimentação de familiares era intensa em frente ao IML. Na segunda, houve tumulto de famílias à espera de reconhecimento de corpos. A maioria ainda não tinha a confirmação da morte do familiar durante o massacre. Muitos levavam fotos e documentos para ajudar na identificação.

A rebelião que resultou em 56 mortes, no domingo (1º), já é considerada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) como “o maior massacre do sistema prisional” do estado.  (G1)