O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, nesta quinta-feira (31), que vai renunciar ao cargo para disputar a Presidência da República.
Em discurso para mais de 600 prefeitos no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, Doria disse ser a hora de enfrentar as adversidades do Brasil “coletivamente, e não individualmente”.
“É hora de virar uma frente ampla e um time poderoso pelo Brasil e pelos brasileiros. Construir, sim, a melhor via para o nosso país. E a melhor via é a via da união, da serenidade, do bom senso, da compreensão e da liberdade”, afirmou o governador. “Quero estar ao lado de vocês, a partir do próximo dia 2, para mostrar que é possível, sim, ter uma nova alternativa para o Brasil. Alternativa de paz, de trabalho, de dedicação, de humildade e de integração de todo o Brasil”.
Doria ainda elogiou seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), que assumirá o governo de São Paulo no sábado (2) e tentará a reeleição em outubro.
Mais cedo, a informação de que Doria teria desistido da candidatura à presidência para permanecer no governo paulista sacudiu o mundo político brasileiro.
A decisão do governador paulista de manter o projeto da disputa pela Presidência ocorre após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, ter divulgado uma carta em que reafirma o apoio da legenda à sua candidatura à Presidência.
Doria venceu as prévias realizadas pelo PSDB, em novembro, após derrotar o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Desde então, seu nome não decolou nas pesquisas de intenção de voto: teve 2% no último Datafolha. Com isso, cresceram as pressões para que ele abandonasse a disputa em favor de Leite ou de outro nome de um partido da chamada “terceira via”.