Desemprego cai, mas estado tem segunda maior taxa do país no 2º trimestre de 2022

A taxa de desemprego em Pernambuco caiu para 13,6% da população de 14 anos ou mais no 2º trimestre de 2022. A queda no desemprego foi de 3,4 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre desse ano, quando o índice foi de 17%.
Mesmo com o recuo, o estado continua com a segunda maior taxa do país, atrás apenas da Bahia (15,5%). No Brasil, o desemprego foi de 9,3%.
Os dados são da PNAD Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (12).
Em números absolutos, 578 mil pernambucanos procuraram emprego entre abril, maio e junho e não encontraram, uma redução de 20,2%, ou 146 mil desempregados a menos, em relação ao trimestre anterior. Esta também foi a menor taxa de desocupação desde o início da pandemia, acompanhando a tendência nacional.
Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas em Pernambuco subiu de 3 milhões e 531 mil pessoas no 1º trimestre deste ano para 3 milhões e 686 mil trabalhadores no 2º trimestre, o que equivale a um aumento de 4,4%, ou 155 mil pessoas a mais. Com relação ao mesmo período de 2021, o avanço na população ocupada, seja formalmente ou informalmente, foi de 13,1%.
Por posição na ocupação, houve um aumento de 4,2% entre a população empregada no acumulado de abril, maio e junho, e um avanço ainda maior, de 7%, entre a população que trabalha por conta própria. No total, 32,2% dos pernambucanos ocupados, ou seja, quase um terço deles, trabalha por conta própria, seja de maneira formalizada ou não. Por outro lado, houve uma queda de 17,4% nos trabalhadores familiares auxiliares, que trabalham sem remuneração ajudando na atividade econômica de membro do domicílio ou parente.
Informalidade em Pernambuco fica estável no 2º trimestre de 2022
A taxa de informalidade em Pernambuco aumentou apenas 0,1% no 2º trimestre de 2022 em comparação ao trimestre anterior, o que, na prática, deixa o estado em situação de estabilidade neste indicador. No estado, 52,9% dos trabalhadores ocupados são informais, o equivalente a 1 milhão e 949 mil pessoas, número que deixa o estado em sexto lugar no ranking nacional. No Brasil, a taxa de informalidade é de 40% da população ocupada.
Para o cálculo da taxa de informalidade da população ocupada, são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos dos pernambucanos no 2º trimestre de 2022 foi de R$ 1.740, valor estável em relação ao trimestre anterior. Já na comparação com o segundo semestre de 2021, houve uma perda de 12,8%, agravada pela inflação do período.
A pesquisa também mostra que o número de pessoas desalentadas chegou a 268 mil pessoas no 3º trimestre de 2021, 15,8% a menos do que no período anterior. Essa parcela que havia desistido de procurar emprego voltou a fazê-lo.
A população desalentada é definida como aquela que está fora da força de trabalho, que não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.