Datafolha confirma: o ato de domingo foi de eleitores do Aécio…

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O jornal Folha de São Paulo, edição de 17.03.2015, revela o que todos já sabiam: os protestos de domingo (15) foram comandados por eleitores de Aécio Neves (PSDB), derrotado por Dilma Rousseff na ultima disputa presidencial. Os sinais eram evidentes, mas ainda não tinham sido mensurados. A ausência de críticas ou cobranças contra a roubalheira do metrô de São Paulo e mesmo da falta de água após 20 anos de governo tucano eram pistas mais do que suficientes para evidenciar que os protestos nada mais eram do que a “marcha” de uma direita raivosa, sem qualquer compromisso com a soberania nacional (apelo ao golpe e aos americanos, em inglês), racista, anti-povo, reacionária até a medula, de tradição golpista e corrupta. 

O que o instituto DataFolha fez foi quantificar esse conteúdo: 82% dos presentes ao ato da direita votaram em Aécio Neves no 2º turno de 2014. São pessoas com nível superior (76%), com elevado poder aquisitivo e simpático ao PSDB (37%). Por esse conteúdo é mais do que natural que a bandeira central seja a saída de Dilma e do PT governo, não importando de que forma, incluindo a volta da ditadura. A agitação em torno do combate a corrupção (dos outros, naturalmente) é mero disfarce, como os dados revelam. São golpistas, dentre os quais a presidenta Dilma Rousseff tem 0% de avaliação positiva de seu governo. 

O DataFolha também mensurou o ato de 6ª feira (13) organizado pelo Movimento Popular. É outro retrato. Em torno de 71% dos presentes votaram em Dilma; 39% preferem o PT; são assalariados qualificados (68% com nível superior), mas com baixo ou médio poder aquisitivo (majoritariamente com renda abaixo de 5 salários mínimos). Mobilizam-se, de fato, em torno de uma pauta: defesa da democracia, da Petrobras e por avanços sociais. Querem um governo mais a esquerda. 

É esse retrato que a direita quer esconder. O Brasil não está dividido. Uma parcela de endinheirados da direita quer entregar o país aos americanos, como fizeram em 64; a maioria do povo, mesmo com críticas, quer manter a democracia e fazer o governo avançar para a esquerda, com mais conquistas sociais. (Movimento Popular)