Os resultados da eleição de 3 de novembro já foram certificados pelos 50 estados americanos, assim como pelo Distrito de Columbia (a capital Washington).
Veja o cronograma do que vem pela frente:
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14 de dezembro: delegados do Colégio Eleitoral se reúnem nas assembleias legislativas estaduais para depositar seus votos. Tirando raras exceções históricas de delegados “revoltosos”, isso sempre ocorre de acordo com os resultados certificados de votação estadual, ou seja, não há realmente uma expectativa de que algo possa mudar em relação ao fato de Biden ser o vencedor.
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23 de dezembro: data-limite para que o Senado, em Washington, receba os certificados dos votos dos delegados em cada estado.
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6 de janeiro: o Congresso americano faz uma sessão conjunta e conta os votos do Colégio Eleitoral. Quem preside a sessão é o presidente do Senado, que é o vice-presidente Mike Pence. Caberá a ele declarar, então, quem está oficialmente eleito.
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20 de janeiro: o novo presidente e seu vice assumem seus cargos.
Considerando o voto popular, Biden teve 81,3 milhões de votos (51,3%) contra 74,2 milhões (46,8%) de Trump.
No, entanto, nos Estados Unidos, o presidente é decidido pelo sufrágio universal indireto, e cada estado dispõe de um número determinado de delegados (ou, na terminologia oficial, “grandes eleitores”) com base no tamanho de sua população.
Biden conquistou 306 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, e Trump 232. Para vencer a eleição eram necessários ao menos 270.
Os membros do Colégio Eleitoral formalizarão o processo nesta segunda-feira, com os delegados votando em cada estado.
À noite, Biden fará um discurso para celebrar a confirmação de sua vitória e “a força e resistência” da democracia americana, segundo a equipe de transição.
Sem concessão de Trump
Embora em anos anteriores tenham sido registrados casos de “eleitores infiéis”, que votaram em um candidato que não venceu em seu estado, o número nunca foi suficiente para alterar o resultado de uma eleição.
Mas Trump continua fazendo afirmações sem fundamento de que a eleição de novembro foi a “mais corrupta na história dos Estados Unidos”, como tuitou novamente neste domingo.
A campanha do republicano, porém, não conseguiu provar nenhum caso de fraude e as tentativas de impugnar a votação, examinadas por dezenas de juízes, foram rejeitadas, com apenas uma exceção.
A Suprema Corte, de maioria conservadora graças às designações de três integrantes por Trump, se negou na sexta-feira (11) sequer a considerar duas demandas dos republicanos.
Muitos congressistas republicanos respaldam as afirmações de fraude de Trump, mas alguns estariam dispostos a reconhecer a vitória de Biden após a ratificação do resultado pelo Colégio Eleitoral.