Mais da metade dos reservatórios que abastecem Pernambuco está em colapso, ou seja, quase não têm água acumulada. São 33 nessa situação, de um total de 62 existentes no Estado, segundo monitoramento da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Agreste e Sertão são as regiões críticas. Uma das maiores preocupações é com 12 cidades agrestinas que são atendidas pela Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim. O manancial está com 2,5% de água, menor acumulação desde que entrou em operação, 17 anos atrás. O Grande Recife e a Zona da Mata não estão com problemas de abastecimento.
Com capacidade para 320 milhões de metros cúbicos, Jucazinho registra hoje 8 milhões de metros cúbicos de água. Diante da gravidade, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) decidiu retirar o que tecnicamente chama de volume morto – quando a barragem não consegue tirar a água de forma convencional. Uma bomba submersa será instalada, ao custo de R$ 1 milhão, para aproveitar o volume que ainda resta. O trabalho começou sábado passado e deve durar até dia 6 de novembro.“Atualmente essas 12 cidades têm dois dias com água e 28 sem. Devido à intervenção em Jucazinho passaram a ter abastecimento apenas com carros-pipa, o que deve permanecer até terminarmos o serviço. Os 8 milhões de metros cúbicos de água serão suficientes para mantermos o rodízio de 2 dias por 28 dias por cerca de quatro meses”, explica Marconi de Azevedo, diretor regional do interior da Compesa.
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