Ciro Nogueira aceita convite de Bolsonaro e será o novo ministro da Casa Civil

G1
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) aceitou oficialmente o convite do presidente Jair Bolsonaro e será o novo ministro da Casa Civil.
Ciro confirmou a informação após se reunir com Bolsonaro no Palácio do Planalto. O próprio presidente já havia antecipado, na semana passada, que o senador iria para a Casa Civil.
“Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita”, escreveu Nogueira em uma rede social.
Nogueira é presidente do PP e membro do grupo conhecido no Congresso como Centrão.
A ida dele para a Casa Civil é uma estratégia de Bolsonaro de se fortalecer politicamente. O presidente tenta estreitar seus laços com o grupo, fundamental para o governo ganhar votações no Congresso, e também busca melhorar a relação do governo com o Senado, onde a CPI da Covid tem gerado desgastes para o Palácio do Planalto.
A Casa Civil é um dos mais importantes ministérios da Esplanada e, além de auxiliar na articulação política junto ao Congresso, atua na coordenação de ações do governo com outras pastas.

Perfil

O parlamentar piauiense de 52 anos de idade circula pelos corredores do Congresso desde 1995, quando tomou posse como deputado federal, aos 26 anos. Ele é considerado em Brasília um “político profissional”.
Após quatro mandatos na Câmara e em meio ao segundo mandato como senador, Ciro assumirá pela primeira vez um cargo no Executivo.
Filho e neto de políticos, o empresário piauiense é formado em direito e, nas últimas eleições, declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 23,3 milhões em bens.
Ciro Nogueira, que apoiou governos petistas e o do ex-presidente Michel Temer (MDB), aproximou-se de Jair Bolsonaro em meados de 2020. Desde então, passou a fazer parte da comitiva do presidente durante viagens ao Nordeste para inauguração de obras e se tornou um dos principais defensores de Bolsonaro no Congresso.