O cerco está se fechando para impedir um novo mandato do atual presidente da Assembleia Legislativa, Guiherme Uchoa (PDT). As articulações estão acontecendo nos campos jurídico e político. Ontem, a OAB/PE divulgou parecer apontando a inconstitucionalidade na reeleição de Uchoa. Na outra trincheira, estão os socialistas e partidos da base aliada que buscam fazer valer a proporcionalidade na Casa. Já executam, inclusive, um plano avalizado pelo governo a ser iniciado em janeiro. Se tudo correr de acordo com as projeções, o PSB ganhará automaticamente o direito de comandar a presidência da Mesa nos próximos dois anos.
Nos bastidores na Assembleia, o trabalho para conquistar adeptos à não reeleição do presidente é contabilizada na ponta do lápis. O PSB, partido que detém o governo do Estado, forma a maior bancada, com 15 deputados. O segundo é o PTB, com seis. Nesse conjunto de forças, Uchoa conta com o apoio de 19 deputados, dos 49 que compõem a Casa. Um placar que pode ser alterado, segundo uma fonte, em conversas com os partidos, inclusive os de oposição. Dessa forma, o número favorável ao presidente pode cair para 12. Na lista dos favoráveis ao princípio da proporcionalidade, o PSB conta com PTB, PT, PRB, PR e PSD.
Reações
Ontem, o deputado eleito Edilson Silva (PSol) também reagiu contrário à ideia de um terceiro mandato para Uchoa. Ele esteve na OAB/PE para receber o parecer emitido pela instituição e disse que apoiará uma ação na Justiça, se for necessário. Já Guilherme Uchoa, ao ser questionado sobre o parecer da OAB, não quis comentar o assunto. (Diário de Pernambuco)