Oposição fecha questão e projeto majoritário também pesa no PSB…
A reunião na qual os partidos de esquerda oficializaram, ontem, voto contra o relatório da Reforma da Previdência ocorreu na sede do PSB. Os socialistas fazem parte de um bloco de oposição ao governo Bolsonaro que inclui PT, PDT, PSOL e PCdoB. Além do trabalho que vem sendo desenvolvido de forma integrada, o que gera uma dificuldade política para socialistas tomarem posição isolada, três pontos se somam nessa conta para fazer com que a maior parte da bancada não mude de ideia em relação ao texto. Do ponto de vista nacional, há resistência, segundo avaliações internas, do presidente, Carlos Siqueira que, de forma contundente, vem contestando a reforma. De outro lado, a bancada segue dividida e parte expressiva está disposta a votar contra. Do ponto de vista local, o PSB possui um projeto majoritário para 2020 que tem o deputado João Campos como protagonista e, até o momento, João não […]
Vazamentos ilegais não inviabilizaram Sergio Moro…
A série de vazamentos de supostas conversas envolvendo o então juiz da operação Lava-Jato, Sérgio Moro, e o procurador da operação, Deltan Dallagnol, até agora não trouxe nada que considerasse suficiente para derrubar o ministro Sergio Moro do ministério da Justiça, muito pelo contrário, elas confirmaram a sua disposição em combater a corrupção. É importante lembrar que o então juiz Sérgio Moro não prendeu somente o ex-presidente Lula, tivemos uma infinidade de nomes como Antônio Palocci, Eduardo Cunha, Nestor Cerveró, Léo Pinheiro e outros envolvidos no maior esquema de corrupção, mas somente as supostas conversas envolvendo a prisão de Lula que são seletivamente vazadas no sentido de tentar comprometer a condenação do ex-presidente. Vale salientar que a condenação de Lula não se deu exclusivamente na primeira instância, na 13ª vara federal de Curitiba, ela foi confirmada por instâncias superiores, evidenciando que as investigações da Lava-Jato funcionaram corretamente, pois se não […]
A importância de estados e municípios entrarem na reforma da Previdência …
O governo federal conseguiu avançar bastante na formatação da reforma da Previdência, onde apesar de uma natural desidratação, a economia se manteve significativa para ajudar nas contas públicas e consequentemente contribuir para a retomada da economia do país, com um valor próximo de R$ 900 bilhões. Apesar disso, o relatório aponta para uma reforma única e exclusivamente na Previdência federal, ajudando somente o governo federal a resolver o problema, deixando para estados e municípios a obrigação de resolver a sua seguridade social. Ocorre que temos 5.570 municípios e 27 unidades federativas. Cerca de 2 mil municípios possuem fundos próprios de previdência, onde a maioria está com sérios problemas de caixa para cumprir com suas obrigações. Em relação aos estados, o quadro não é diferente, muitos deles precisam fazer aportes financeiros para cobrir o rombo da Previdência porque há graves distorções. Se porventura a reforma incluir estados e municípios, eles poderão […]
Caça às bruxas…
Apenas por inexistência de palavra mais precisa chama-se de fritura o processo a que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem submetido auxiliares como Joaquim Levy, recém-saído da chefia do BNDES. No jargão brasiliense, o termo descreve métodos menos explícitos de desgastar um subordinado e induzi-lo a deixar o cargo, em geral por meio de manifestações indiretas ou anônimas que se acumulam ao longo de dias ou semanas. O que Bolsonaro fez com Levy foi um ataque público, grosseiro e espontâneo, dado que o tema nem sequer estava em pauta. O presidente informou ao país que o executivo estava “com a cabeça a prêmio”, alegadamente por pretender indicar um diretor com passagem pela administração petista. Ao atacado não restava alternativa além de pedir as contas —mesmo porque o ministro Paulo Guedes, da Economia, tratou de endossar os vitupérios de Bolsonaro. O que suscita inquietação no episódio não é a troca de nomes ou o futuro do […]
Candidatura própria do MDB começa a ganhar força …
O MDB de Pernambuco conquistou protagonismo na política estadual quando governou o Recife e depois chegou ao Palácio do Campo das Princesas com Jarbas Vasconcelos, mas desde a sua saída do governo que o partido foi ficando periférico na política estadual, não vencendo nenhuma eleição para o executivo tanto na capital quanto no estado. O MDB teve duas tentativas, uma com Raul Henry em 2008 pela prefeitura do Recife, e outra com Jarbas Vasconcelos para o governo de Pernambuco. Em ambas as ocasiões, o partido foi derrotado. A partir de então formalizou uma aliança com o PSB na eleição de 2012 que perdurou até 2018, quando Jarbas Vasconcelos foi eleito na chapa de Paulo Câmara para o Senado. Apesar de integrar a Frente Popular, o partido não tem se sentido totalmente contemplado nas gestões do PSB, quando viu seus espaços serem reduzidos e ocupados por pessoas que não representam o […]
Partidos querem esperar Moro “sangrar” mais…
Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo Os principais partidos de oposição e legendas de centro têm feito reuniões para decidir como agir no caso do escândalo das mensagens do ministro Sergio Moro, da Justiça, com procuradores da Operação Lava Jato. Há um consenso: é preciso ter paciência e esperar Moro “sangrar” ainda mais antes de abrir guerra total contra ele, criando uma CPI. A ordem é esperar por novas revelações do site The Intercept Brasil, que publicou as primeiras reportagens no domingo (9). A expectativa é de que novas mensagens piorem ainda mais a situação de Moro. O ambiente para Moro está complicado mesmo entre os que sempre apoiaram a Lava Jato. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por exemplo, diz que o caso “é um escândalo”. “O combate à corrupção não pode passar por meios jurídicos espúrios”, diz Randolfe. O mais grave, diz, é o fato de que “elementos estranhos ao processo eleitoral”, como os procuradores, possam ter influído no resultado […]
Situação de Moro se complica…
Os vazamentos das mensagens trocadas por integrantes do Ministério Público Federal com o então juiz Sérgio Moro, revelando que o agora ministro da Justiça orientou o procurador Dalton Dallagnol a apressar com as investigações envolvendo o ex-presidente Lula, deixaram Moro em maus lençóis. Mais do que isso, arranharam a sua reputação de juiz. Não cabe a um magistrado a agir de forma parcial, como sugerem as gravações postadas pelo site Intercept e que contribuíram para contaminar o ainda mais conturbado ambiente de Brasília. Dallagnol chega a advertir Moro, num determinado trecho hackeado, ter dúvidas sobre eventuais provas para incriminar Lula. Isso excitou a base Lulista no Congresso Nacional. Já se fala em medidas e recursos que possam levar a anular a condenação do ex-presidente, mas os mais sensatos acham que para enveredar pelo caminho que o PT almeja existe uma barreira jurídica enorme. (Magno Martins)
Grupo Lyra preterido no PSDB…
A escolha da deputada estadual Alessandra Vieira para presidir o diretório estadual do PSDB deixou muito tucano de queixo caído. Novata no ramo complexo da política, a parlamentar é neófita no trato das questões gerenciais do partido. Até então, aliás, seu currículo se resumia em ser mulher do prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira. Gente de mais peso na legenda, como a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e seu pai, o ex-governador João Lyra Neto, tomaram conhecimento da mudança pela mídia. João ficou extremamente frustrado. Na condição de vice-presidente da executiva estadual, ele esperava ser conduzido à presidência. Seu nome deve ter sofrido vetos, o que não é novidade num partido em nível nacional agora conduzido pelo ex-deputado Bruno Araújo, que não gostou em ver o grupo Lyra apoiar Daniel Coelho, sem nenhuma identificação com Caruaru, para Câmara Federal. João sofre da síndrome do vice. (Magno Martins)
Prefeitos já brigam por prorrogação…
Peregrinando mais uma vez por Brasília, prefeitos de diversos municípios brasileiros estenderam a pauta do Pacto Federativo para a prorrogação dos seus mandatos. Estiveram com o autor da PEC da unificação das eleições em 2022, Rogério Peninha (MDB-SC), que informou ter a matéria já prosperado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Os gestores voltam, hoje, para seus municípios animados, achando que podem ficar mais dois anos no cargo. Aprovada a PEC, as eleições do ano que vem seriam canceladas, prefeitos e vereadores só iriam à reeleição em 2022. O pai da ideia alega que o Brasil está saturado de fazer eleições de dois em dois anos e que a economia por pleito seria da ordem de R$ 5 bilhões por parte da justiça eleitoral. A justificativa posta por Peninha pode até ser convincente, mas prorrogar mandato é um tremendo casuísmo, repudiado pela sociedade pensante do País. (Magno Martins)