O entusiasmo de um grupo do MDB em lançar o ex-ministro Nelson Jobim ao Planalto no lugar de Henrique Meirelles esbarra em um problema legal: Jobim não está filiado ao partido e o prazo para o registro foi até o dia 2 de abril. O presidente do MDB no Rio Grande do Sul, deputado Alceu Moreira, disse à Coluna que houve um “erro na remessa da ficha” ao cartório de Santa Maria (RS), que impediu a formalização do ato. Na semana passada, Jobim recorreu ao TRE para garantir a filiação. Sem legenda, ele fica impossibilitado de disputar.
Alceu Moreira diz confiar que o TRE vai aceitar o ingresso do ex-ministro por haver precedentes de outros casos parecidos que foram confirmados.
Os defensores de Jobim avaliam não haver “prejuízo do tempo” em lançá-lo a quatro meses das eleições. Acham que, pelos cargos que ocupou, será tão bem recebido pelo eleitor quanto foi Joaquim Barbosa, que chegou a 10% nas pesquisas antes de desistir.
Jobim foi presidente do Supremo e ministro de Lula, Dilma e FHC. O deputado Osmar Terra (MDB-RS) vai procurá-lo na semana que vem para tentar convencê-lo a disputar a vaga com Henrique Meirelles.